20 de junho de 2016

Sou do Mundo e com orgulho!

Pois é, meus caros súbditos, aqui a vossa soberana, só muito de vez em quando fala das notícias da moda e esta vai ser uma dessas vezes. 

Como também já devem saber, a vossa soberana é da Bila, isto é, dum lindo recanto do nosso país, mais conhecido por Trás-os-Montes e Alto Douro. Já devem ter percebido de o que vou falar, não é? A notícia da moda do momento, o José Cid e as suas pérolas de sabedoria... 
Quando vi o vídeo a circular nas redes sociais, a primeira coisa que pensei foi: se a entrevista tem mais de 5 anos, porque raio é que o pessoal só ficou todo abespinhado agora? Alguém se lembrou foi? Ou foi tipo uma "zanga" atrasada com o José Cid?
As palavras foram deploráveis? Foram, sim senhora, mas será que eu ligo ao que ele diz? Nem por isso... E nem é preciso começar a atacar o homem, porque quem é ele para nos chamar de "pessoas medonhas, feias e desdentadas", quando ele usa um olho de vidro, um capachinho e dentadura?
Como costumam dizer, vozes de burro não chegam ao céu. Resumindo e concluindo, não liguei puto, não gostei mas não fiz caso.

Fiquei foi deveras desgostosa com a completa explosão que houve nas redes sociais, pessoal a atacar um velhadas que não sabe o que diz, atacar o Nuno Markl por estar a fazer o trabalho dele, atacar tudo "para lá do Marão"... Pessoal não gosta de ser insultado, eu compreendo.
Eu sou das primeiras pessoas a espernear quando alguém ataca os Transmontanos pois eu sou uma! Só que isto tornou umas proporções descomunais e desnecessárias. Não devemos atacar o José Cid, não é a ele que devemos pedir satisfações por dizer que somos isto ou aquilo.
É a imagem que o país tem de nós. Não é o José Cid que nos temos que preocupar, é com os media portugueses!

Vou-vos dar um exemplo prático: quando a UTAD fez 25 anos, todos os canais de televisão fizeram uma reportagem e vocês pensam que apareceram os nossos laboratórios novinhos em folha, alunos a percorrer as salas ou a estudar na biblioteca, as nossas condições para acomodar diferentes cursos de diferentes áreas, professores conceituados, a extensão do campus, o que está disponível na universidade e o porquê de ser uma universidade reconhecida internacionalmente.
Não... O que apareceu em toda o que era reportagem, eram pessoas idosas a comentar a universidade, a horta (que é dos alunos de engenharia agronómica), as vinhas (que são dos alunos de Enologia) e o reitor. Mais nada...
Outro exemplo foi quando foi o tão acarinhado regresso das corridas, as reportagens só incluíam pessoas idosas ou pessoal com um garrafão de vinho ao lado. Nada de entrevistas a pessoal que veio da outra ponta do país ou de outro país de propósito, mostrar o quão famoso é o circuito, etc. Eu vi mais entrevistas interessantes sobre as corridas em canais internacionais ou da WTCC, que em todos os nossos canais juntos!

Depois não admira que o pessoal pense que só há velhos e simplórios em Trás-os-Montes! Mesmo que houvesse, é uma região imensamente rica e hospitaleira, esses mesmos velhos e simplórios recebem turistas de braços abertos... os raros que passam nas trincheiras de Lisboa, Porto e Algarve, que depois de passarem na nossa região, não querem outra coisa. Porque será?

Mas porque é que temos assim tanta vergonha um dos outros quando somos do mesmo país?! Porquê tanto preconceito? Não só entre nós mas com os outros? Talvez porque estou em contacto com pessoas de todos os países e enumeras culturas que vejo as coisas com outros olhos... E é nesse espírito que deixo este vídeo que a Afal me mostrou, que eu adorei:

Nota: o vídeo tem legendas, basta activar.

É sobre o teste de ADN que mostra de onde vieram os teus antepassados pois não há tal coisa como 100% português, inglês ou chinês. A emigração existe desde o tempo em que éramos macacos e as fronteiras foram criadas por reis e governos... Somos todos humanos, logo estamos todos interligados! Para quê haver preconceito?

Espero que este post receba pessoas de mente aberta, não precisam de concordar comigo mas preciso de respeitem a minha opinião, ela vale o que vale... E devia ser sempre assim, em todos os aspectos: an open world begins with an open mind.

22 comentários:

  1. Também já tinha visto esse vídeo e está brutal (; eu não sou transmontana, mas acho que se fosse reagiria como tu... Para quê incomodar-me com acusações ridículas que sei que não são verdade? Sendo do Porto, também vejo muitas vezes a minha cidade ser criticada, assim como os portuenses. Somos arruaceiros, broeiros, etc. Digam o que quiserem, eu não ligo. Umas coisas serão verdade, outras não, de todo, mas eu sou feliz sendo de onde sou. Temos que ter orgulho nas nossas origens (;

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  2. Muita coisa vai mudar a partir do momento em que fizermos um simples exercício: tratar as pessoas com respeito. Não precisas de gostar, precisas de respeitar diferenças, só isso.

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  3. como tu sabes, tb sou transmontana e reagi da mesma maneira que tu. O que ele diz não se escreve... agora acusar o Markl do mesmo é injusto.

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  4. As proporções que este tipo de coisas tomam na atualidade é ridícula, é cada notícia sem jeito que se espalha como uma praga... A verdade é que dá jeito aos media propagar estereótipos, assim como assim facilita o trabalho e deixa o povo acreditar no que quer...

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  5. Há pessoas com falta de carácter, o mais importante é haver respeito!
    Ótimo post, beijinhos!

    http://missweetie.blogspot.pt/2016/06/essence-pure-skin-purifying-face-strips.html

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  6. Eu não ligo a nada que esse senhor diz, mas o mais impressionante é que só se lembraram que ele disse isso 6 anos depois xD
    É lá veio ele à tv pedir desculpa por ter dito aquilo há 6 anos atrás, MAS se não se tivessem lembrado disso ele não faria nada xD

    enfim...

    beijinhosss ;)

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  7. eu sou alentejana ... é preciso dizer mais alguma coisa?

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  8. Um pais tão pequeno como o nosso, é triste ver estas "guerras" entre diferentes zonas de Portugal.

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  9. R: Tenta procurar bikinis cai cai na Zaful, na Shein ou na Choies. Tenta também o ebay porque por vezes tens produtos bastante semelhantes, de boa qualidade a preços mais baixos.

    Beijinho, Something Contemporary ♡

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  10. O pessoal nas redes sociais precisa de todos os dias ter algo para criticar e ofender. Calhou naquela semana ser o José Cid. Na semana a seguir já era outro, e para a semana há outra coisa.
    Duvido honestamente que a maioria das pessoas pense que a descrição do José Cid seja a realidade. Acho que o que deu má imagem aos transmontanos foi a reacção da maioria que começaram logo com ameaças.
    É ignorar e andar.

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  11. It´s all about respect!
    Trata os outros como gostas que te tratem :D

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  12. Tu estás de cavalinho porque não és nem feia, nem medonha, nem desdentada! Os cirurgiões estéticos e os dentistas têm feito maravilhas por ti! :P Just kidding ;) Olha aí o link do que escrevi a respeito: http://contrachatosnaohamedicamentos.blogspot.pt/2016/05/ogres-desdentados-vs-carecas-zarolhos.html

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  13. Brutal! Também gostava de fazer uma coisa dessas e saber "por onde andou" o meu ADN =P Acho que se toda a gente se submetesse a esse teste tão simples, ficaria com uma ideia totalmente do mundo no seu todo e de si mesmo como indivíduo.
    Quanto ao Cid, ele é o que toda a gente sabe, mas a verdade é que ele não deixou de expressar um género de "arquétipo" que vai passando, precisamente, na comunicação social, sobre os transmontanos (ou, basicamente, de toda a gente que não seja da grande Lisboa). Não estou a desculpar o Cid, longe disso!, mas é a realidade que nos dão "a comer" diariamente quando ligas a tv. E é por aí que se deve começar a (tentar) mudar mentalidades.
    ****

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  14. não faço ideia de que video é esse do José Cid mas sei que tudo o que dizes é verdade e não podia estar mais de acordo!

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  15. Sabes que me vieram as lágrimas aos olhos com o vídeo? É isto mesmo. :)

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  16. r: são linda... basicamente eu só consigo estar com ele quando saio ao inicio da tarde para ir trabalhar, vou ligeiramente mais cedo e estou com ele 10/15 minutos se tanto... e depois pronto, há um dia da semana que eu tenho a tarde livre mas nem sempre posso passá-la com ele, por isso é incerto...e fora isso às vezes vou ao ensaio do coro onde ele está e fico um bocadinho com ele no fim e aí já tenho mais um bocado de tempo com ele, e vejo-o nas reuniões do grupo onde estamos mas isso é só vê-lo porque é uma reunião, não é propriamente estar com ele. Tirando isto são excepções e acaba por ser pouco o tempo que estamos juntos...
    nos ultimos dois meses ele estava lesionado e tinha fisioterapia e eu saia do trabalho e esperava por ele para ir com ele até casa e era sempre bom ter esse tempo... e agora que ele já não precisa sinto um bocado a falta daquela meia hora extra...

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  17. Dá que pensar, sem dúvida.... como o Daniel Sá-Nogueira disse uma vez, somos todos um :)

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  18. Porra, isto é tão sério que não me atrevo a dizer mais do que isto:
    Amo ainda mais a minha cadela por ser rafeira, porque nela estão presentes, provavelmente, genes de todas as raças caninas.
    E afinal eu estava certo quando dizia que nasci aqui porque a cegonha que me trouxe tinha o GPS avariado e tem toda a razão de ser esta sensação que me acompanha há muitos anos de que, dentro deste corpo atarracado de latino, existe um nórdico alto e loiro e um suíço conservador e chato pra caraças.
    Isto confirma a teoria de que e o meio tem tanta ou mais influência em nós, do que os genes que herdámos dos nossos avós.
    Nós somos nós e as nossas circunstâncias.

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  19. Hoje, as pessoas têm tendência para julgar o todo por um mero fragmento ou imagem parcial. Em muitos casos, acreditam em tudo o que lêem nas redes sociais e afins, mas desconfiam das palavras que lhes são ditas olhos nos olhos pelo vizinho ou familiares. São paradoxos dos tempos modernos. O vídeo esta muito bem conseguido e mostra precisamente isso, que somos todos filhos da terra.

    Um beijinho, prima C. :)

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  20. ja tinha visto este video, e confesso que na altura fiquei um tanto curiosa de onde poderia ter descendencia a minha pessoa :p

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  21. Ora aqui está algo que devia circular mais!

    Cátia ∫ Meraki

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Faz deste reino, o teu reino... Não te acanhes, está à vontade! Cá estarei para te ler.