12 de abril de 2020

Uma criança bilíngue


Quando as pessoas percebem que somos portugueses a viver no UK com uma criança, uma das primeiras perguntas que fazem é sobre a língua.
Que língua falamos com ele? Que língua ele está a aprender? Que língua é que ele fala de momento? Como é que fazemos para criar uma criança bilingue?

Ora bem, quanto à última questão a minha resposta é: não faço a mais pálida ideia!

Estamos a tentar que ele aprenda as duas línguas, por isso insistimos com o português em casa e deixamos o inglês para a escola, televisão, etc. Não significa que vamos ser bem sucedidos, há crianças que se recusam a aprender língua dos pais (muito possivelmente porque não vêem grande utilidade) maso que efectivamente está sempre sob a nossa cabeça são aqueles comentários de que está atrasado.

Sim, ele não sabe tantas palavras como uma criança que está a aprender só uma língua. Sim, ele ainda não constrói grandes frases comparando com outras crianças. Mas a palavra chave é mesmo essa "comparando".

Gostava mesmo de mandar essa palavra para o cu de Judas de onde o sol não brilha. O Príncipe, é um rapaz, eles tendem a aprender a falar mais tarde (vou restringir-me de fazer piadas, LoL). Está a aprender duas línguas simultaneamente e completamente diferentes, diga-se de passagem.
E, mais importante ainda, o Príncipe é o Príncipe. Tem o seu próprio ritmo para aprender e parece que no meio da nossa maturidade, que nos esquecemos que somos todos diferentes, incluindo as crianças.

Por isso, como é que é criar uma criança bilíngue?

Quando conseguir eu depois digo-vos qualquer coisa... mas spoiler alert, é preciso muita paciência, não só para com o rebento aprender as duas línguas mas também para todos os comentários que puderão ouvir.

10 comentários:

  1. Uma criança tem sempre muito mais capacidade de absorver línguas e informação no geral que um adulto...ele estará a demorar o tempo que precisa para organizar essa informação de maneira lógica...mas lá está, esta coisa do comparar faz com que a coisa não seja justa...mas para o raio com eles que quando ele for fluente em duas línguas e os outros ainda pronunciarem mal a única que sabem, aí os comentários param e é como se fosse tudo muito fácil e obra dos santinhos todos.

    ResponderEliminar
  2. Tenho a certeza que vão conseguir e que se lixe os comentários dos outros!

    ResponderEliminar
  3. Como já tive a oportunidade de partilhar no teu instagram, acredito que juntos vão descobrir o melhor caminho para o Príncipe. Porque ele tem o seu ritmo e é importante tê-lo em conta. E nota-se que têm, portanto, o resto é para ignorar.

    ResponderEliminar
  4. As crianças aprende tudo com imensa facilidade. Assim também com as línguas. E não as baralham…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  5. Cada pessoa é diferente entre si, e a seu tempo ele irá aprender tudo isso e muito mais. As pessoas é que adoram meter-se e mandar bocas sobre a vida dos outros, mais do mesmo.

    ResponderEliminar
  6. Tenho a certeza que irá crescer a saber falar e a escrever as 2 línguas. Agora os comentários... O filho é teu e tu saberás melhor que ninguém o que é bom para ele.

    ResponderEliminar
  7. Conheço uma criança que a mãe sempre insistiu com ela com o alemão (língua materna dela) e com o Português. As pessoas também comentavam de ele falar menos, incluindo no jardim de infância chegaram a dizer-lhe para lhe ensinar o alemão porque só a confunde.
    Na minha opinião, acho que se faz bem em ensinar desde cedo, pode dificultar no inicio (e cada caso é um caso), mas de futuro é uma mais valia.

    ResponderEliminar
  8. Pois eu concordo plenamente com o ensino das duas, as crianças pequeninas são verdadeiras esponjas e absorvem tudo, não compare, não vá por ai todos somos diferentes, não desista. O meu filho foi aprender ingles aos 10 e triou curso com exames no British council e isso só lhe fez bem, já viveu em Dublin e Londres, nunca teve o menor problema. Se eu soubesse o que sei hoje tinha-o posto a aprender ingles aos 3 anos….

    ResponderEliminar
  9. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  10. O que interessa é isso mesmo. Não comparar.
    Por exemplo, a minha irmã com menos 10 meses que eu, só começou a falar aos 4 anos. Os meus pais começaram a achar que ela poderia ser parcialmente muda.

    Felizmente, o pediatra teve o bom senso de perceber que a minha irmã era menos estimulada. Eu falava por ela, literalmente. Ahah!

    ResponderEliminar

Faz deste reino, o teu reino... Não te acanhes, está à vontade! Cá estarei para te ler.