19 de fevereiro de 2021

The Covenant series (opinião SEM spoilers - updated)


Quando decidi fazer uns updates a algumas das minhas reviews/opiniões mais antigas, pensei logo que esta saga da autora Jennifer Armentrout, ia ser a mais difícil. Porquê? Perguntam vocês e muito bem? É-me difícil falar sobre esta saga porque eu a simplesmente adoro. Portanto se eu não fizer muito sentido, já sabem o porquê, LoL.

Em primeiro lugar, eu, passado estes anos todos (sim, porque a primeira vez que li, já foi em 2013), não consigo perceber o porquê desta saga não ser mais conhecida e estar traduzida para português. É esse o grande impedimento que me dizem quando eu recomendo estes livros. Contudo, gostaria de deixar uma nota de que a escrita e o inglês da autora não são complexos. Na minha opinião, a saga é bastante fácil de ler, mesmo para quem tem um conhecimento mediano da língua, pois a autora não é extremamente descritiva e até tem uma grande pitada de humor, que eu, pessoalmente, adoro.

Em segundo lugar, ao longo dos anos houve conversas de adaptar esta saga para uma série televisiva, mas isso foi cancelado na altura pois havia séries muito populares no ar (por ex.: Game of Thrones) e era difícil combater mas, quando vi isso, pensei logo que era desta que a saga ficava mais conhecida e talvez fosse traduzida. Infelizmente, ficaremos a rezar a todos os deuses gregos para que aconteça no futuro.

Se me pedissem para tentar descrever a premissa destes livros em poucas palavras, eu diria que é uma adaptação moderna da mitologia grega aos dias de hoje. A autora pegou na vasta mitologia grega, que para quem não sabe é uma das minhas grandes paixões, deu um twist moderno incluindo a sua própria história. Não a deixando fora da originalidade.

É importante referir que esta saga tem 7 livros, dois deles são short stories, ou novelas ou contos. Em muitas sagas, as short stories são inconsequentes para a história principal porém, nesta saga, não considero que seja o caso pois considero que ambas as short stories são importantes para a compreensão completa da história e das personagens. Por isso, deixo-vos a ordem de leitura:

0.5 - Daemon;

1 - Half-Blood;

2 - Pure;

3 - Deity;

3.5 - Elixir;

4 - Apollyon;

5 - Sentinel. 

Outro ponto pertinente é o facto de a personagem principal ser feminina e ser uma personagem forte. Para quem não sabe, eu tenho como que uma alergia a personagens coitadinhas, principalmente se forem femininas pois, a altura de mulheres de estufa e com fraqueza de espírito morreu com Cronus (see what I did there?). Contudo, uma personagem forte não quer dizer que ela seja perfeita, pois não o é... Aliás, há várias situações em que se tivéssemos a personagem principal à nossa frente, bem que queríamos dar uns fortes abanões. 

A saga começa com Alexandria Andros, a nossa personagem principal, com 17 anos. Por isso, quando as pessoas começam a ler e me dizem: mas é um pouco juvenil. Eu compreendo, mas não se esqueçam também da idade da personagem... Contudo, o juvenil dura pouco pois é o evoluir e o crescimento da personagem que tornam os livros simplesmente fantásticos para mim. Alexandria pertence a um mundo que existe em paralelo, ao nosso mundo normal, uma sociedade onde a mitologia grega existe, respira e está de boa saúde. 

Existe uma hierarquia, não só do que já sabemos da mitologia em si, mas que a autora criou. Existem, claro, os deuses gregos (Zeus, Hera, Athena, Apollo, Hades, etc); hematoi ou pures, que é como que outro fruto entre ajuntamentos de deuses e mortais; half-bloods, o resultado entre uma mistura de pure e mortal; e, claro, os meros mortais que nada sabem. Esta hierarquia está obviamente muito bem explicada nos livros e é cimentada no enredo pois quanto mais baixo na hierarquia, menos poder social têm, nem poder literal (aether como é chamado nos livros). 

Sim, a autora agarrou na mitologia grega, mas criou toda uma história dentro dessa mitologia e não a tornou em algo que já tenhamos visto em qualquer mito. A beleza de retellings é mesmo essa, é o facto de às vezes pegarem em contos, mitos, folclore e contarem toda uma nova história com essa base! 

Contudo, com a história que a autora teceu nesta saga, ela menciona muitos assuntos com os quais (mesmo que seja com mitologia) nós somos capazes de nos relacionar e criar empatia com a situação. Isto é, a autora toca em assuntos como consentimento, relações abusivas, vícios, luto, depressão, ansiedade, racismo, xenofobia, entre muitos outros... Acrescentando a isto tudo, uma evolução extraordinária das personagens, torna esta saga fantástica de se ler.

Se não ficaram convencidos a ler The Covenant depois desta super-hiper-mega review, não sei o que fará, LoL. Se gostam de fantasia com um pouco de romance, leiam esta saga. Se gostam de mitologia grega, leiam esta saga. Se querem ficar completamente viciados numa leitura, leiam esta saga!

Esta é a minha evangelização aka livros que estou constantemente a pregar aos sete ventos... mas já conheciam esta saga? Já leram?


Audiobook: recomendo esta saga neste formato. Normalmente não aconselho fantasia em audiobooks mas na verdade acho relativamente fácil de seguir.

Review em vídeo: IGTV - The Covenant

1 comentário:

Faz deste reino, o teu reino... Não te acanhes, está à vontade! Cá estarei para te ler.