12 de dezembro de 2020

Sala de Cinema: What Dreams May Come


Este será o segundo filme que menciono nesta rúbrica, com o actor Robin Williams. Isto para dizer que há muitos mais filmes com este actor que merecem ser mencionados como clássicos do cinema e quando este actor fantástico faleceu, a indústria do cinema ficou, de facto, um bocadinho mais pobre. 

Ora bem, em primeiro lugar, este filme (que estreou em 1998) diz-me mesmo muito. Aliás pelo facto do filme ser fantástico, o cast de actores ser soberbo e como em si está visualmente retratado... ainda não consegui ganhar coragem para pegar no livro. Sim, este filme é uma adaptação cinematográfica de um livro!

Richard Matheson, é o autor do livro e esteve directamente envolvido no guião do filme. Além desse livro, escreveu também I Am LegendThe Shrinking Man, entre muitos outras obras e contos (estes últimos, vários deles, foram adaptados para a série Twilight Zone). Em jeito de curiosidade, o grande Stephen King  e a grande Anne Rice publicamente nomearam o senhor Matheson como sua inspiração como autores!

O filme, realizado por Vincent Ward, como já disse tem um cast de actores de peso mas com a presença principal de Robin Williams e para quem pensa que este filme é uma mera comédia ou um leve filme, desengane-se. Em muitos filmes o sr. Robin Williams mostrou os seus dotes como um actor versátil... Contudo, por alguma razão este filme é sempre um dos mais subestimados. 
Na minha modesta opinião, está bem longe da verdade pois este filme é extremamente inteligente, emocional, visualmente estimulante e com actuações maravilhosas. 

O enredo coloca a morte como assunto principal, logo desde início. Um casal, que têm uma vida fantástica juntamente com as suas duas crianças, fica alterada para sempre pois infelizmente logo Assistimos então logo na primeira parte do filme, estas personagens a lutar com perda e o luto mas cada um lidando à sua maneira. A mãe, por exemplo, mal consegue funcionar após a perda das suas crianças e distancia-se do marido. O pai, no entanto, sente uma perda ainda maior devido ao desmoronar do seu casamento. 
E poderíamos pensar que o filme seria o desenrolar das vidas destas personagens depois desta grande perda, só que não. Passado uns anos, o pai acaba também por falecer e o restante do filme e pela perspectiva dele mas no Além, Céu, Paraíso, o que quiserem chamar. Porém, apercebemo-nos que o casal continua a ter uma imensa ligação mesmo depois da morte da personagem do Robin Williams e do suicídio da mulher, isto porque ambos são almas gémeas. E isto não está explicado com grandes promessas de romance eterno mas pequenas grandes coisas, cheias de cor e simetria. 

Desde o início até ao final, este filme demonstra muito bem a emoção humana, ou seja, tem um bocadinho de comédia, esperança, tristeza, alegria, desespero, mágoa, entre muitas outras mas retratadas de forma magnífica. Contudo, este filme parte-nos um pouco mais o coração tendo em conta que o próprio Robin Williams se suicidou em 2014... mas mesmo assim, o filme deixa-nos com uma nota de esperança.

Não consigo não recomendar vivamente este filme! Não sei se está extremamente fiel ao livro pois como vos disse, ainda não o li, mas tendo em conta que o autor esteve envolvido, acredito que sim. 

Já viram este filme ou até conheciam?


Nota - Em jeito de curiosidade, no final do filme geralmente tem sempre o mesmo disclaimer contudo neste filme, esse disclaimer está adaptado: "The persons and events in this production are fictitious. No similarity to actual persons, living, dead or reincarnated is intended or should be inferred."


3 comentários:

  1. Acredito que seja um filme muito interessante de assistir
    .
    Feliz fim de semana

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  2. Fiquei tão curiosa para ver o filme. Tenho pena de adormecer a ver filmes. Acho que perco muita coisa.

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  3. Nunca vi mas deixaste-me com vontade de o ver

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Faz deste reino, o teu reino... Não te acanhes, está à vontade! Cá estarei para te ler.