6 de maio de 2015

The bloody portuguese


(Qualquer dia estamos como os avecs a misturar inglês e português... oh wait! LoL.)

Hoje gostaria de falar um bocado desta (não tão nova) raça que são os emigras. Como já tinha mencionado aqui no Reino, a emigrantada pode ser dividida em categorias. Uma dessas categorias, (tentem adivinhar qual) tem dois momentos completamente diferentes no que toca a Portugal.

Primeiro é o momento em que está em Portugal e diz frequentemente "isto é uma merda". Porque tudo o que acontece em Portugal é uma porcaria, tudo o que se tenta fazer de inovador é triste, etc. Com certeza estão a reconhecer este tipo de discurso...
O segundo momento é quando estão fora do país e qualquer situação, por mais mundana que seja, vomitam um "em Portugal é que é" ou "em Portugal é que é bom". Porque tal e qual como S. Sebastião, Portugal está envolto num nevoeiro e é resposta para todas as maleitas da vida.

É preciso colocar nestas cabecinhas que Portugal nunca será perfeito. Claro que sentimos saudades porque obviamente nascemos e crescemos lá. Temos família e amigos que deixámos para trás mas Portugal está longe de ser perfeito... tal como o UK ou outro!

É preciso entender, qualquer país tem coisas boas e coisas más.

11 comentários:

momentosemcapsulas disse...

É verdade! Mas já o António Variações cantava "eu só estou bem aonde eu não estou" ... nunca se está satisfeito e a memória é curta.

Briana disse...

Para as pessoas tudo o que é distante é que é bom.. Que mania de invejar a galinha do vizinho

Janny disse...

não há países perfeitos, nada é perfeito!

Claudia Rodrigues disse...

Países perfeitos? Se houvesse não havia tantos emigrantes, sejam Portugueses, Polacos, Franceses, Italianos e etc...
Cada um tenta "buscar o melhor" se não está satisfeito que voltem para seu País.
(Isto de entender as pessoas é um processo muito complicado ahahahahh).
Bjs querida

birdy disse...

Isto é tão verdade! Vão haver sempre coisas boas e coisas mas onde quer que seja que se esteja a viver, não há nada a fazer.

Andreia Morais disse...

Essa última frase é mesmo a chave de tudo!

Amy ⚓ disse...

eu irrito-me tanto com as pessoas que dizem que portugal é uma merda, não tens noção. será que já pararam para pensar que, apesar da crise e tal e tal e tal, podemos andar na rua à vontade sem ter medo de levar com uma bomba ou um tiro, a maioria de nós tem um pão para comer e água limpa para beber ou tomar banho? porra...

r: não sei, eu tenho vergonha :$

FME disse...

Concordo plenamente... É difícil em todo lado como diz a minha mãe "cada um com as suas"

Ana C disse...

muito verdade, gostei especialmente da mensagem! :)

Ana, A Policromia
A Policromia no Facebook

Teresa Crispim disse...

não sei qual é a sensação de morar fora de Portugal, mas acho que no dia em que tiver que viver noutro país, que será uma coisa natural, certamente que haverei de gostar tanto, como gosto do meu país.
Mas o que eu gosto mesmo é"emigra" que quando volta de férias, só fala a "outra" língua, pode só ter estado 1 mês fora, mas já não se lembra como se fala português... isto até levar uma chinelada na mãe e lhe sair "olha que essa m#erda dói" como já aconteceu a um rapaz mesmo à minha frente.

marie disse...

Ri-me um bocado com este e o outro teu post que fizeste sobre o assunto. Sei de pessoas da idade dos meus pais que foram há uns 10 anos para Londres e ainda hoje uma delas não fala inglês. Não fala inglês e vive em Londres há 10 anos, vindo cá apenas umas semanas do verão. Não percebo.

Acho que a parte boa de emigrar é mesmo conhecer coisas novas. Mesmo que se queira gastar o mínimo na sua estadia por lá, e que seja "só para trabalhar", acho que já que se está lá fora é melhor aproveitar para tirar partido disso. Mas isto sou eu a mandar bitaites, nunca passei por isso portanto não sei como seria se fosse comigo.

Mas percebo a tua irritação e concordo com a parte de, em qualquer país, haverem coisas boas e más. E também não tenho paciência para quando oiço de pessoas que nunca saíram daqui dizer "isto é um país de merda", "lá fora é que é bom", "em não-sei-onde isto nunca aconteceria". Dá vontade de voltar à adolescência e atirar um "então BAZA!".