29 de fevereiro de 2012

P&R n.º 5


Neste penúltimo post desta crónica, vou responder às perguntas de: Kayra Biskowski, patrícia, Ana e Filó. "Vais acabar o ano onde tu querias, com quem tu querias e a fazer o que querias?", "Acreditas mesmo que o fim do mundo é em 2012?", "Quais são os teus objectivos para 2012?", "O achas que vai acontecer ao pequeno reino de trás os montes na próxima década?".


Ao acabar o ano de 2011 estive com família e depois tive com os amigos mas sempre com o Mais-que-Tudo em diversão e convívio, logo estava onde queria, com quem queria e a fazer o queria… melhor não podia ter sido!
Claro que não acredito que é o fim do mundo em 2012… Chuck Norris não disse nada, é porque não é, ora! Ele é que manda, LoL.
Já fui referindo os meus objectivos para 2012 entretanto, não vos vou aborrecer repetindo-me, direi apenas que gostava de visitar regularmente a Bila, durante os primeiros tempos, para a adaptação não ser tão brusca.
Na próxima década, gosto de acreditar que Trás-os-Montes vai evoluir, no entanto, acho difícil porque Portugal está em crise, logo não há espaço para muitas evoluções. Gostava que Trás-os-Montes se apercebesse então do seu extremo potencial! Sim, porque tem imenso. Se somos bons para a Angelina Jolie e o Brad Pitt virem para um retiro na Régua e não somos bons para o resto das pessoas? Precisamos de publicidade, investir no que somos bons, que é num turismo rural privilegiado e acolhedor. Além de muitas outras coisas… Gostava que isso acontecesse, gostava imenso.

28 de fevereiro de 2012

27 de fevereiro de 2012

Óscares 2012


Além de ter ganho o filme mudo e a preto & branco, contrastando com a era da digitalização e efeitos especiais/visuais: O Artista. Ainda não posso dizer se foi bem entregue pois ainda não consegui ver todos os filmes que foram nomeados mas depois pronuncio-me sobre as categorias todas...
Além, obviamente, das categorias da academia, os Óscares são também conhecidos como o culminar do glamour de Hollywood, por isso, para quem não esteve atento ao facebook do Reino, ontem estive a "analisar" (ó para mim, toda fashionista) os vestidos bons e maus, se quiserem dêem um saltinho e admirem-se como certas pessoas saiam assim à rua, LoL. Onde mostrei também o meu desagrado pelo facto dos homens terem a vida facilitada com o smoking... E também a nota de que a moda este ano é mesmo a manguinha singular. Vá-se lá saber o que se passou pelos estilistas porém é mesmo, pois nem todo o vestido fica bem com a manga, mas vejam as fotografias e reparem.
Quanto às vestimentas, estas quatro senhoras foram as minhas favoritas (por ordem): Milla Jovovich, Jessica Chastain, Kelly Osbourne e Sandra Bullock.

Quais foram as vossas favoritas? E acham que o prémio de Melhor Filme foi bem entregue? Digam de vossa justiça.

26 de fevereiro de 2012

Conversas à mesa n.º 15

Hoje não é bem uma conversa à mesa mas sim para vos apresentar alguém que mora connosco que por acaso ainda não foi mencionada. Ora bem, além dos meus pais, do meu irmão, de mim, da minha gata e da minha cadelita, há também mais alguém que vive connosco e nós a apelidamos carinhosamente de “a entidade”.
Quando há uma toalha ensopada no chão da casa-de-banho e ninguém se acusa, foi “a entidade”; quando desaparece um pacote de bolachas inteiro mas ninguém comeu, foi “a entidade”; quando alguém deixa as luzes ou a tv, desnecessariamente ligadas e ninguém admite, foi “a entidade”…. E por aí adiante.
Já estão a ver quem é “a entidade”, não estão? Toda a gente a conhece por esse mundo fora! LoL.

24 de fevereiro de 2012

P&R n.º 4


Ai, que malandra que eu sou que deixei de responder às vossas perguntinhas. Ai, que vergonha! LoL. Teatros de parte, as perguntinhas de hoje vêm: Palco do tempo, Ana FVP, patrícia, Evelyn Spark, Carolina *, O mundo de uma sonhadora e Meia Dose.


Ora bem, o meu maior sonho… Difícil de explicar mas acho que até consigo incluir aqui o projecto de vida: ter uma carreira, ter a minha casinha, constituir família, esse tipo de coisas.
O que me faria largar tudo e zarpar daqui era, de momento, um emprego! Coisa que está para breve.
Todas estas perguntas de o que espero para o próximo ano, referem-se a 2012 e o que tenho a referir é que por acaso já disse que este ano será um ano cheio de aventuras e desafios. O que espero então? Conseguir superá-los!
Se me dissessem há 10 anos atrás que estava licenciada em Enfermagem, prestes a ir para um país estrangeiro com o Mais-que-Tudo, para trabalhar… Perguntava-vos o que é que vocês andavam a fumar, LoL. Por isso não posso fazer projecções, apenas colocar objectivos e se tudo correr bem, conseguir concretizá-los.

23 de fevereiro de 2012

Geração Desenrascada

Há tempos li um testemunho que dizia o seguinte:
"Começamos por exportar trabalhadores de construção civil e senhoras da limpeza, depois passamos para os jogadores de futebol e agora chegamos aos enfermeiros e outros profissionais com curso superior. Utilizando uma frase que é recorrente nas conversas de café que tenho em Portugal, têm me dito que Portugal sempre foi uma rampa de lançamento, desde os descobrimentos que temos saído do nosso país e conquistado terra, mar e o coração das gentes na nossa incansável diáspora." - António Maia (D.E.)
Depois de o ler e achar que era uma imensa verdade, descobri ainda que no ano passado, após as manifestações da Geração À Rasca, fizeram um programa muito interessante sobre a Geração Desenrascada. Ora vejam:

Parte 1


Parte 2

21 de fevereiro de 2012

Mudanças

Nunca me vou esquecer do que os meus professores fizeram por mim para me ajudarem nesta conquista do meu primeiro emprego, isto é, escreveram, assinaram e carimbaram as referências, quando, na verdade, têm milhões de coisas para fazer, arranjaram um tempinho para esse favor. Porém, não foram as pessoas mais importantes… As pessoas que mais me ajudaram neste processo foram os meus pais.
Parece um pouco cliché, sim, no entanto, nesta brincadeira toda de me inscrever na NMC (pois sem o registo não podia exercer), com as traduções autenticadas, os documentos oficiais, viagens e sei lá que mais, gastei rios de dinheiro! Que para quem está desempregado parecem uns verdadeiros oceanos e estando sem trabalho quem iria desembolsar com as notas? Os pais, claro.
Aliás quando falei com eles que queria ir trabalhar para o estrangeiro e que isso implicava investir um pouco no início, disseram-me que, apesar de as coisas estarem difíceis, que não me iriam deixar na mão porque eu fui uma boa aluna, fiz tudo direitinho e com boas notas. Se tivesse chumbado algum ano, teriam que o pagar também mas se o meu sonho é ir trabalhar para o estrangeiro, então não me iriam deixar na mão, ajudando-me nesta nova fase da minha vida. Se bem que eu já tinha magicado uns quantos planos de trabalhos temporários para ajudar a pagar, coisa que os meus pais me aconselharam imediatamente a não fazer ou não ir por esse caminho pois eu tinha era que me focar em tratar da papelada, ficar atenta a anúncios, ir a entrevistas e quem está nesta vida sabe que pode receber uma notificação para amanhã, logo não podia estar com a preocupação de pedir folgas ou mudar turnos, além de que iria com certeza demorar mais tempo do que demorou na verdade. Assim sendo, eu tenho é que lhes agradecer por me terem ajudado e é tão bom ver que o auxílio deles deu frutos…

Março vai ser um mês de grandes mudanças!


Nota: os mais atentos já devem ter reparado, para os mais desatentos eu vou dizer, LoL. Criei uma nova página ou separador onde explica o processo de ir trabalhar para o Reino Unido, por isso façam favor de visitar "Comigo foi assim... (UK)" e em caso de dúvida, contactar a gerência, LoL!

20 de fevereiro de 2012

Wishlist n.º 31


Vou-vos confessar uma coisa... Eu ia postar esta imagem e perguntar-vos qual é a marca pois eu retirei esta imagem de um artigo e adorei o raio do relógio. Porém, após colocar a dita foto para o post, é que vi com olhos de ver e reparei então na marca ali escondida: Timberland. Ai esta cabeça, LoL!

19 de fevereiro de 2012

Vampiros: eles existem!

Vi este post no canto da AnAndrade e achei que deveria partilhar com vocês. Pois eu não diria melhor!
"Durante a minha vida, tenho-me cruzado com umas tantas pessoas que gostam tão pouco de si, que se prezam em tão diminuta monta, que, para não darem o tilt nem trabalharem a sua personalidade (o que constuiria uma canseira e isso é mal a afastar desde logo), aproximam-se de outras que, de algum modo, acham que as podem tornar seres melhores por contágio e laboram no sentido de lhes sugarem o que querem para si.
À primeira vista e numa primeira (mas curta, porque o tempo urge) fase, são seres dedicados, que parecem dar tudo quanto têm pela felicidade daquele/a a quem querem sugar o sangue e o resto e não descansam enquanto não lhes conquistam a confiança, o que passa por exaltarem o muito que têm em comum com o alvo que têm na calha, por lhe proporcionarem momentos surpreendentes e por concordarem com todas as suas opiniões, elogiando ad nauseam estes e outros atributos.
Mais tarde ou mais cedo, com mais ou menos trabalho, atingem o seu primeiro objectivo: o alvo cede e decide-se a confiar. E como o dito alvo não foi escolhido ao acaso, a confiança é absoluta e a entrega total.
Depois da presa bem envolta numa rede de mentiras e máscaras criadas para o efeito, mantêm a patranha durante uns tempos, para a cisão não ser tão notória; todavia, esta é a meta menos bem conseguida: a persona criada, ávida do alcance do seu objectivo primeiro, crava o dente e começa a sacar tudo quanto pode, de bom e de assim-assim. Cria na presa sentimentos de culpa e de compaixão, manipula-a à exaustão e a teia começa a ficar mais densa, sendo difícil escapar-lhe.
O que este tipo de vampiro nunca perceberá é que é manifestamente impossível retirar tudo quanto tem de bom quem tem, de facto, bem dentro de si. E, um dia, a presa começa a espernear, a reivindicar, a querer voltar a ser inteira. E não há casulo que prenda quem sabe o que é ser livre de demónios e feliz à sua custa, pelo que se libertará seja lá como for.
Uma vez liberta, poderá ainda ser alvo do predador, porque demorará até que perceba a razão pela qual, logo ela, que nunca devolveu a amargura e até cedeu sangue do bom em consciência, para limpar o do outro, já putrefacto, tinha de passar por tanta provação.
Mas o ser humano é uma coisa extraordinária e tem uma capacidade de sobrevivência quase mágica: o sangue começa a limpar-se de impurezas, os ataques não são mais do que alfinetadas menores e a certeza de que de um erro (mesmo dos graves) se podem tirar ilacções (e não só) positivas prevalecem.
O vampiro... o vampiro continuará a atacar almas boas. E a magoá-las. Mas, se pensarmos bem, não passa de um pobre ser quase acéfalo (no sentido em que jamais perceberá que a quimera de se tornar melhor é uma batalha perdida, salvo se alterar a metodologia e partir de dentro para fora), que nunca conseguirá retirar de ninguém aquilo que o tornará melhor: integridade, honestidade, respeito, valores e princípios.
Provavelmente, se algum vampiro me lê, nem saberá em que consistem os conceitos. É que estes, meus amigos, nem por contágio se transmitem, a gente que não possui coluna vertebral."

17 de fevereiro de 2012

Amizades


Conforme vamos crescendo e com o passar dos anos, achamos que já aprendemos as lições todas, que já levámos com todos os murros no estômago e já demos todas as quedas que havia para dar… Achamos que passamos pelo menos a saber escolher, decidir e antecipar problemas com as pessoas pois achamos que as conhecemos. Quantas vezes a minha pessoa já bateu com a cabeça nas paredes à conta disto? Tanta vez.

Mas o que realmente custa são as desilusões de quem menos esperamos. O pior disto é que os meus erros continuam a ser os mesmos e, burra que só eu, tenho a propensão para ir atrás e resolver as coisas, mesmo quando sou eu a magoada, mesmo quando sei que agiram mal comigo. Apenas, porque eu não gosto de deixar as coisas por resolver, os assuntos por arrumar e esclarecer. Acabando sempre por dar uma de cachorrinho, coisa que odeio em mim pois deveria ser capaz de ignorar ou dar desprezo. Simplesmente não consigo… E quando isto não acontece é porque cheguei ao meu ponto de ebulição e corto radicalmente, ou seja, nem 8 nem 80.

Um dia li uma citação, já não me lembro de quem, que de tão certa fez ricochete no meu cérebro. Dizia, algo do género, que nós só perdoamos o que perdoamos (desde as coisas mais pequenas a coisas mais graves) a certas pessoas porque as queremos manter nas nossas vidas.
Há muito que tenho estado a incutir em mim própria o pensamento “eu não preciso de pessoas destas na minha vida” porque a verdade é mesmo essa. Não preciso de muitos amigos. Para quê? Para quando realmente precisar, estar tudo misteriosamente ocupado? Não me parece… Até porque sempre fui apologista de: amigos, que sejam poucos mas muito bons!

Não acham?

16 de fevereiro de 2012

Ordem que mais parece caos!


Depois de ver a notícia sobre a Ordem dos Médicos considerar, passo a citar, “uma injustiça e uma falta de respeito a decisão do Ministério da Saúde de reduzir o número de vagas para médicos”, frisando ainda e deixando o seguinte aviso “estes jovens que não têm saídas profissionais em Portugal, vão acabar por trabalhar no estrangeiro”. No final da reportagem, a minha pessoa ficou estupefacta! Depois do choque inicial, não sei se estava furiosa ou se enternecida…
Vou vos explicar o que se passou na minha cabeça ao ver esta notícia: a Ordem dos Médicos a defender estudantes?! E assim começa o procura as diferenças entre a Ordem dos Enfermeiros (OE) com a Ordem dos Médicos (OM), na minha cabeça.
É verdade que a OE não restringe as vagas de acesso, por isso todos os anos as Escolinhas abrem as suas portas a uma multidão de futuros enfermeiros que actualmente se irão formar para o desemprego, e nisto a OE mantem-se em silêncio. Daí a saída de muitas centenas de Enfermeiros para o estrangeiro, face à precariedade e más condições oferecidas em Portugal, ou nem sequer há ofertas muitas das vezes, contrastando com a necessidade de profissionais de Enfermagem nos hospitais. Não estou a dizer que trabalhar no estrangeiro é um bicho-de-sete-cabeças mas é triste ver tanta precariedade e más condições oferecidas que estão a levar Enfermeiros a sair do país que os formou.
Adiante, a OE existe actualmente sem liderança e demasiada centrada no que não interessa, além disto tudo, o que é que eles acham que falta em Enfermagem? Aumentar as quotas de pagamento! Sim, porque eu posso estar desempregada mas não posso ter quotas em atraso, além de que com esta conjectura a OE não tem piedade, cobrando as quotas a toda a gente, e ainda as aumenta! Se as quotas fossem utilizadas para a preservação da profissão de Enfermagem, defender a classe, a defender e exigir cuidados de Enfermagem de qualidade, a pressionar as administrações que persistentemente atacam a classe, a resolver o problema das especialidades… Estava meio mundo feliz e a pagar alegremente, no entanto, não é o que se verifica.
Não percebo de que da maneira de como está a Enfermagem, a OE não perceba ou assuma de que é necessário regular a profissão! Já nem vou falar do estatuto de um Enfermeiro, nem da carreira (note-se o eufemismo) mal estruturada… Depois é normal que após o final da formação, um Enfermeiro procure trabalhar no estrangeiro, não tanto pelo dinheiro mas mais por uma carreira!
Isto para dizer o quê? Como vos mostrei no início deste post, a OM procurou defender os estudantes de medicina… Pois após terem formado centenas de médicos, diminuem as vagas de especialidade? Não tem muita lógica, porém o que tem lógica para a OM (e para mim, já agora) é reduzir o número de vagas nas universidades. No entanto, haverá sempre aquele contra-senso de que há falta de médicos e enfermeiros mas as organizações não contratam. Resumindo, enquanto estive a acabar de me formar não vi a OE preocupada com a minha pessoa estudante, na verdade, também não vejo preocupada com a minha pessoa licenciada… E não vejo a OE mandar cartas para o Ministério a dizer que a situação dos Enfermeiros é “uma injustiça e uma falta de respeito”! Mas devia. Ai, se devia!
Não estou a dizer que a OM é perfeita mas o que é certo, é que quando o Ministério quer mudar alguma coisa vai bater primeiro à porta da OM e se não bate, a OM vem aos media dizer que o Ministério se perdeu no caminho da porta deles. Neste aspecto, no que respeita aos Enfermeiros, não quero dizer “que se fodam” porque é forte mas talvez um “que se desenrasquem” pois é tão tipicamente português.
A nossa OE pouco faz e pouco se manifesta. Porquê?! De que é que temos medo? Mas esquecem-se de que sem nós (enfermeiros) o SNS não funciona? A OE deveria ser a primeira a lembrar todos os dias de que os Enfermeiros são mais que necessários, mais que precisos nos hospitais, centros de saúde… Mas não é! Depois vejo a OM a defender alunos, quando a OE nem defende profissionais!!! Muitos falam que os médicos não são exemplo para ninguém, no que toca à Ordem deles, não concordo. Deveríamos anotar as qualidades e fazer para lá chegar também!
Em jeito de conclusão, acho que, para além de um recibo de pagamento de quotas, a OE deveria oferecer também a cada Enfermeiro uma caixinha do tão famoso Rennie pois eu, pelo menos, preciso, após pagar quase 10 euros todos os santos meses para uma coisa que não faz nada por mim, nem por Enfermagem!

Nota: peço desculpa pelo post tão temático mas era bom que as pessoas em geral percebessem o nosso desespero, indignação e frustração. (Para aqueles que dizem que os Enfermeiros não são precisos: é porque nunca precisaram deles...)

12 de fevereiro de 2012

Boas viagens


Não há nada como sonhar, verdade? Então se sonhamos, mais vale sonhar em grande! E o que me deu mais para sonhar? Nas férias, nas escapadinhas... Sonhar que ainda tenho muito que ver em Inglaterra, voltar a Paris (mas desta vez acompanhada), ir a Macau (com o Mais-que-Tudo como guia), pôr os pezinhos em Nova Iorque, percorrer Itália duma ponta à outra, visitar Tailândia e passear por Portugal.

O que sonham vocês?

11 de fevereiro de 2012

Somnium


"Imaginem um cenário vazio, sem paredes e escuro, onde aparece uma figura de luz que se aproxima de mim. Ela é quente, boa, disforme, paciente e com uma voz extremamente doce. Aproxima-se cada vez mais e pergunta:
- Quem és tu?
- Sou a Corina.
- Sim... Mas quem é a Corina?
- Sou eu.
- Sim... Mas quem és tu?
- Sou... Sou...
- Não sabes quem tu és?
- Não sei. Eu sou a Corina, quem mais devo ser?
- Tu própria, ou achas que és só um nome?
- Não sei. Eu gosto da filosofia do meu nome.
- Então, és filosofia?
- Um pouco, sim.
- Há mais?
- O meu nome veio de uma gladiadora.
- És ferocidade?
- Um pouco, sim.
- Há mais, Corina?
- Eu... Eu não sei!
- Tu não sabes quem és?
- Deveria saber? É obrigatório?!
- Sarcástica, irónica...?
- Um pouco, sim!
- Continuas a não saber quem tu és?
- Queres que soletre: eu não sei? Toda a gente sabe quem é? Sou a única?
- Talvez sim, talvez não.
- Eu não acredito. Tretas! Ninguém sabe quem é realmente!
- Porquê? É simples...
- Não, não é simples! Nós estamos sempre a mudar, a toda a hora! De cada erro, retiramos uma lição; de cada evento, retiramos moral ou propósito. Por isso estamos sempre a mudar, a evoluir!
- Resumindo, não sabes quem és.
- De momento, sou o que sou.
- E essa é a resposta certa..."

8 de fevereiro de 2012

A fraction of the truth




"(...)
I'm living with fear
From morning to night
I'm losing my passion for life
Hoping that the end of my worries is near

I have changed myself
Growing up every day
Face the truth about yourself
You and I, we're all the same
I have changed myself
Growing up every day
Face the truth about yourself
You and I, we're all the same

I thought, that I was right
But I've made a big mistake
I am changing myself for good
Because I have understood
(...)

I'm weakening
Something's wrong with me
I thought that I was to come first
I don't known what's true
(...)

Everything I've known about... about the world
Was just a fraction of truth... truth about him
I feel like a grain of sand on the empty desert
I feel like a grain of sand, I feel like a grain
(...)"


Nota: apenas uma banda que descobri recentemente que acabei por gostar bastante!

6 de fevereiro de 2012

Primeiro e último


Tive um grande desgosto recentemente... Como sabem, tenho um gosto muito grande em ler um bom livro. No entanto, comprar livros em Portugal é quase mentira porque geralmente rondam sempre os 20 euros.
Portanto, como já é um pouco difícil comprar livros, tento escolhê-los bem. O último que comprei, eu estava mesmo ansiosa por ler e por isso foi chegar à livraria, pegar nele, pagar e vir embora. Quando, já em casa, peguei no livro para começar a ver, vejo logo na primeira página: "A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico".
Não preciso de dizer muito, pois não? Eu nem sequer tinha pensado no Acordo! A desilusão foi muita pois adoro o Português (e gostamos sempre de ler na nossa língua) e apercebi-me, ao ler o livro, que este será o meu primeiro livro com o Acordo e o último! É que se é para volta e meia estar a ler a mesma frase duas vezes porque não percebo o que raio estão a falar, prefiro então ler em inglês e mais barato.
Tinha muito gosto em ler em Português mas assim não... Recuso-me.

4 de fevereiro de 2012

Conversas à mesa n.º 14

De facto quem sai aos seus...
Imaginem o cenário: reunião de família.

Tio Nuno para a minha prima Vitória de 6 aninhos: "Que giro, hoje temos aqui a Vitória..." (depois vira-se a rir para o meu priminho António de 3/4 aninhos) "Então e tu? Quem és? És o Empate?"

O pequenino responde com a maior surpresa e inocência: "Eu não... Eu sou o António."


Humor da sala - mil
Humor do António - 0 (não percebeu, coitado, LoL)

3 de fevereiro de 2012

Winter is coming


Nas palavras da família Stark (da série Game of Thrones): brace yourselves, winter is coming! LoL. Trás-os-Montes até vai estalar este fim-de-semana!

Desculpem o palavreado mas nós aqui na Bila temos um dizer que assenta na perfeição à situação presente: "Não cai chuva nem orvalho... Faz é um frio do caralho!"

1 de fevereiro de 2012

E, assim, Deus criou a mulher...


Há um tema que eu queria escrever há uns tempos mas nunca tinha tido a inspiração para o fazer. Agora, preciso mesmo de deitar muita coisa cá para fora pois é um tema que me aperta o coração e que me move muito.
A mulher sempre foi considerada um ser inferior, muitas das vezes considerada pior que um animal! E a Humanidade, como vocês sabem, já tem uma idade avançada mas só em 1930/1940 é que as mulheres se emanciparam, lutando pelo direito de voto, de estudar, trabalhar fora de casa… O que raio nós andámos a fazer até então? Que tempos eram aqueles que as mulheres tinham receio de levantar a voz ou de perseguir os seus sonhos?

Recuando um pouco, o conceito geral, era que as mulheres asseguravam a vida doméstica, enquanto que os homens asseguravam a parte da caça. Mas se os papéis se invertessem, o casal seria considerado uma abominação. Porquê? Eles não se gabam de que os melhores chefs de cozinha são homens? Consideram as mulheres muito frágeis mas esquecem-se das Amazonas que eram astutas, ágeis e fortes! De onde vem esse preconceito?

Na minha opinião, esta questão da relativização teve o dedo (mão, braço, ombro…) da Igreja. De certeza que se forem aos livros de história, vão poder ver que ao longo da sua existência, a Igreja sempre se esforçou por rebaixar a importância da mulher. Porquê? Bem, incluindo o que a Igreja chama de teorias da conspiração, Maria Madalena foi uma das pessoas que mais ganhou influência na divulgação daqueles que eram os ensinamentos de Jesus. Foram inclusive encontradas provas que concluem que Jesus e Madalena foram casados. De forma a impedir que estes ensinamentos se espalhassem sob o domínio de uma mulher, o Imperador decretou a ilegalidade dos seus ensinamentos e ao matar Jesus havia então transformado um plebeu num mártir de uma causa que não conhecia, decretando assim a ilegalidade do culto cristão. Com o esforço de Madalena, os seus ensinamentos foram passando, aumentando assim o número de crentes exponencialmente. Uma coisa que gostaria de mencionar aqui é que com Madalena, os ensinamentos foram passados de boca em boca, com entreajuda e muita fé, ao contrário dos séculos seguintes quando a Igreja tinha que ter obrigatoriamente mais fiéis para subjugar e para pagar as contas, então muita gente passou a ser cristã mas sob pena de ferros quentes.

Continuando… O imperador Constantino ficou sem saber muito que fazer, a não ser legalizar o tal culto. Digo-vos, esta é a minha parte favorita de tudo, por isso atenção: o imperador convocou então os melhores e mais poéticos escritores, além de grandes pensadores do Império (já agora, pagãos) e encomendou um conjunto de textos que serviriam de mote ao culto agora liberalizado e com impostos! Como Madalena era ainda um alicerce do culto cristão, o imperador, que queria que o culto fosse feito à sua maneira, esforçou-se ao máximo para desacreditá-la, lançando ao mesmo tempo uma campanha de difamação da mulher em geral no culto cristão. Então desta forma, o papel da mulher mais do que relativizado, foi rebaixado! Prova disto é que nos Evangelhos se pode ler em S. Paulo: “Não autorizo que uma mulher ensine, nem domine um homem; ela deve ficar quieta e calada com a submissão que lhe é devida.”

Assim sendo, a Igreja faz uma analogia da mulher, ao símbolo do pecado e tudo o que é imoral. A ideia cresceu e proliferou pois bem lhes convinha. Convinha erradicar certas e determinadas religiões que colocavam a mulher como um ser igual ao homem. Uma dessas religiões era a dos/das Druidas, que mortos em massa, os seus esqueletos podem ainda ser visitados em certas cavernas pois as pessoas os consideravam sagrados. A Igreja chama-os de pagãos, bruxas e magos negros, pois eles se opunham à integração do império mas na verdade a sua religião pacífica resumia-se à adoração da Deusa Mãe (um Deus no feminino, estão a ver a heresia da coisa, não estão?), dominando todas as áreas das ciências exactas, como a matemática, cultivaram a música, a poesia, além de notáveis conhecimentos da medicina natural, fitoterapia e agricultura. Eram demasiado poderosos, e foram erradicados com espadas e difamações.
Sempre com os mesmos métodos persuasivos, a Igreja encontra-se com mais um problema. Mulheres com conhecimentos de ervas com propriedades curativas que passavam de geração em geração, outras religiões proliferando (Judeus, Nórdicos…), levando assim para a época mais negra da história: a caça às bruxas e a Inquisição! Muita gente foi assassinada, famílias inteiras dizimadas e milhares de mulheres enforcadas. Porquê? Por medo. Nós temos tanto medo… Medo de quê ao certo? Não sei. Depois, claro, veio o Iluminismo e a sociedade foi evoluindo, no entanto, sempre com a mulher com aquele papel fantástico. Entretanto, gostaria de salientar que ainda muito antes de 1930/1940, houve uma luta pelo trono de Inglaterra por parte de quem de direito: uma mulher. Devidamente reconhecida, é claro, mas engraçado que isto aconteça no tal país onde abrigava a religião que tratava as mulheres com igualdade e respeito. Uma coincidência engraçada, a meu ver.

Voltando então a 1930/1940, de certeza que estarão recordados que por volta destas datas foi a Segunda Guerra Mundial, onde houve uma expansão da importância dada ao papel feminino no mundo laboral. Pois como todos os homens, que tinham força para andar e disparar uma arma, partiram para a guerra, houve necessidade de encontrar novos meios de sustento para preencher as lacunas económicas. Assim sendo, a pedido dos governos, as mulheres saíram das cozinhas e foram para os escritórios, fábricas… Onde fossem precisas! Porém, no final da guerra parece que queriam à força cavar o tal fosso entre os papéis do homem e da mulher na sociedade. Com isto as mulheres começaram a pensar: então quando os homens não estão cá, somos boas para trabalhar mas quando voltam temos que ceder o lugar aos meninos? Porquê?

Só mais tarde, na década de 50/60, as mulheres voltariam a assegurar o seu papel na sociedade (ainda que limitado). Estas décadas ficaram marcadas por uma ampla reflexão do papel das mulheres na sociedade, transportando a sua luta para os media através da escrita e da literatura. Caramba, estamos no século XX e a informação sobre o corpo feminino é quase inexistente, quando para o homem já se sabia da patologia da hiperplasia da próstata! Tínhamos que nos revoltar e já era tarde. Com estas revoluções, a ideia de “trabalho de mulher” e “trabalho de homem” foi-se desmistificando aos poucos, mas se formos bem a ver é possível ainda hoje encontrar-se essa distinção. É verdade que as mulheres têm vindo a ganhar território em muitas áreas, mas ainda não o suficiente para que se possa afirmar que existe uma igualdade entre sexos. Há ainda aquela questão de que os patrões preferem contratar um homem para o serviço pois a mulher pode engravidar, incluindo que há mulheres que para o mesmo trabalho que um homem, recebem menos. Desumano, pensam vocês? Isto ainda acontece… Já para não falar daquele facto de que o homem ter mais do que uma mulher é visto como um indício de masculinidade mas à mulher é automaticamente colocado um rótulo de promiscuidade. Não estou a dizer que com isto, “vamos embora mulheres do mundo para a rambóia que se faz tarde”, mas que tal considerar o homem com várias mulheres promiscuidade também? Mudar a mentalidade tão enraizada de machismo é difícil mas não impossível.

Analisa-se ainda hoje também o papel da mulher em diversos locais do mundo, e chegou-se à conclusão que a libertação em determinadas zonas é bem mais complicada. Aliás, ainda hoje a mulher continua aprisionada como é o caso do Afeganistão, onde a mulher é tratada de forma repugnante. Isso também me levanta uma outra questão, será que se dermos a essas mulheres adultas a escolha de sair e começar num sítio onde ela é respeitada, será que elas iriam? Duvido muito mas compreendam, elas foram criadas a dizerem-lhes: tu és lixo. Por mais que não seja verdade, ao final de algumas vezes começamos a acreditar que é verdade…

Tal como nós, mulheres ocidentais, fomos criadas a acreditar que só somos verdadeiras mulheres com um homem ao lado. Quando vejo certas cenas do género, uma amiga a perguntar à outra como está de amores e ela diz que nada, não há mouro à vista, e outra que perguntou faz uma cara de “coitadinha, tenho tanta pena de ti”. Pena? Porquê raios?
Sei precisamente o que vocês estão a pensar: e tal, estás a falar de barriga cheia, tens namorado e blá blá blá. Sim, com certeza, tenho namorado, gosto imenso dele, acho que é maravilhoso estar-se apaixonado mas se não o tivesse encontrado ou se entretanto nos chatearmos prefiro ficar quietinha a estar com alguém por estar. Não deixarei de ser a Corina só porque não tenho namorado! Só porque uma mulher prefere uma carreira a um homem ou não se conforma com qualquer besta que aparece à frente, é considerada o mostrengo da cidade. Chateia-me profundamente porque afinal os homens não são os únicos machistas, mulheres conseguem ser bem machistas! Se nós próprias não mudamos as nossas mentalidades, vamos fazer milagres com os homens? Não me parece.

Ainda há muito a mudar e podem pensar que é apenas um sonho mas afinal as utopias, por vezes, tornam-se doces realidades. Apenas vos digo, está tudo nas nossas mãos! E nunca se esqueçam, por mais que se tente não se consegue matar uma ideia...