14 de março de 2019

Sala de Cinema: Gone with the wind


"You should be kissed and often and by someone who knows how!"

Para começar esta nova crónica, queria mencionar este filme primeiro. "Gone with the wind" foi lançado em 1939 e o filme dura quase 4 horas, o que já para a altura era considerado uma grande aposta mas que valeu a pena pois o filme se tornou num grande clássico do cinema e uma janela de visualização para aquela época.
O filme decorre por volta de 1860 num estado sulista dos EUA, mostrando como era a vida antes, durante e depois da Guerra Civil. 
 E um facto engraçado, a actriz que faz de Mammy foi a primeira African-American a ganhar um Oscar. Ainda antes da Segregação acabar! 

Pessoalmente, eu e a minha mãe adoramos ver este filme juntas! É um enredo de faca e alguidar, LoL. Além que nos divertimos sempre quando ela faz um vestido com as cortinas... 
É um excelente filme para se ver em família num domingo à tarde. Um maravilhoso clássico, sem dúvida!

Já viram este filme? Se viram o que acharam?

10 comentários:

As coisas dela disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Ella Morgan disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Nala disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Andreia Morais disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Larissa Santos disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Love Adventure Happiness disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Green disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Portuguesinha disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Portuguesinha disse...

Se comentar outra vez aparece?
Mas já não vai sair tão genuíno!

Ora,disse que para mim isto é como se tivesse sido escrito por Shakespeare. Que tinha pena de Scarlett porque consigo entender o que é PENSAR amar alguém e só descobrir mais tarde que, afinal, nunca amou aquela pessoa. Pena por ela ser cobiçada por tantos e querer aquele que era diferente de todos os que a cobiçavam: o Wilkes que era mais cavalheiro, mais velho, calmo, sereno... o oposto dela. Mas ela sentia admiração, fascínio, paixão, inflatuation como se diz... amor ela só veio a descobrir DEPOIS, no final, quando finalmente poderia ficar com Wilkes e perceber que o seu coração não o desejava.

Que triste vida a dela, desperdiçada a amar quem não amava realmente!

E depois perdeu o seu verdadeiro amor naquele nevoeiro que a atormentava nos pesadelos, como se viu na lua-de-mel.

Falei também que era uma história de desencontros e mal entendidos, mencionei as perdas dos dois: primeiro na noite em que Reth a viola (no filme a cena é disfarçada com ela a acordar na manhã seguinte com um largo sorriso no rosto) e daí resulta uma gravidez. Que ambos, na realidade, estavam extaseantes para viver, mas achando que era a última coisa que o outro queria, não o revelaram um ao outro. No momento em que Scarlet lhe conta que está grávida, ele brinca com aquilo dizendo "pode ser que tenhas sorte, e percas a criança num acidente" e nesse instante ela cai das escadas acabando mesmo por perder a criança que AMBOS queriam! O rosto de terror dele!

Depois ela a chamar por ele, ele a querer que ela chamasse por ele... e ninguém da ajuda percebe. Os dois acabam por se afastar mais mas o golpe final foi a perda da filha que já tinham, também num acidente. Mais uma vez, Reth foi indiretamente responsável e Scarlet numa daquelas premonições de mãe, sentiu a tragédia acontecer instantes antes, sem ir a tempo de evitar.

O resto do relato feito pela empregada dos dois - a Nanny - com a sua combinação de taftá vermelho, é de gelar os ossos - como é referido. Os dois "duelaram" com palavras tão afiadas como espadas.

Quando mais queriam estar juntos e precisavam de se apoiar um no outro, afastaram-se. Ainda assim, no luto, ainda mantiveram as aparências... Mas quando Melanie morre, Reth desiste de Scarlet e Scarlet ao perceber que pode ficar com Wilkes descobre que não o deseja e que nunca o amou durante todos aqueles anos. E o sentimento era recíproco. Ele amava aquela energia dela, aquela vitalidade, tal como Melanie. Se calhar os únicos que gostavam dela de verdade, sem ciúme. E ela gostava do lado calmo, atencioso e sensato dele, que lhe fazia lembrar a mãe, que era a pessoa que ela mais admirava no mundo mas sabia-se muito diferente dela.

O que me entristece é que Reth deixou de amar Scarlett naquele instante. Ela termina dizendo "amanhã é outro dia" e eu vou arranjar uma maneira de o trazer de volta.

Por tudo o que ela conquistou na história, quase que dá para acreditar... Mas quando uma mulher se rebaixa demasiado por um homem que já não gosta dela, isso nunca termina bem. O mais provável é acabar em assassinato.

Ups! Disse ainda mais do que no relato original, que foi mais espontaneo. O que aconteceu? Diz que o gestor do blog apagou todos os comentários.

Portuguesinha disse...

Ah e se soubesses as histórias por detrás da feitura do filme como eu sei...

Para começar, nenhum dos homens queria entrar no filme. Sabias? Foram coagidos, em troca de algo que desejavam. No caso do "Wilkes", deram-lhe a oportunidade de ser diretor de um filme caso fizesse aquele papel. E eu acho que ele é meio mediocre naquilo. Mas o que fazer? Na altura, 1939, a reputação dos gajos valia ouro. Já a mulher... todas tiveram de LUTAR E MUITO para obter o papel. Foram vistas centenas de candidatas... Reth (Clark Gable) não queria de jeito nenhum fazer o Reth - temia-o, por achar que por aquele ser o romance mais apreciado à época, cada mulher tinha uma imagem ideal na sua cabeça e ele, certamente, não poderia agradar a todas. (olha-me só o cafageste, ahahah). Ela ACEITOU porque em troca o ESTUDIO pagou-lhe rios de dinheiro e concordou em pagar o DIVORCIO da mulher. Ele casou-se muito novo com uma mulher mais velha que lhe "fez" transformar em galã de cinema. Agora apaixonado por outra, queria dar com "os pés" na esposa de conveniencia (para mim ele foi um alpinista social). E POR ISSO, para se divorciar da mulher, ELE ENTROU NO FILME.

E tratou muito mal a Viven Leigh. Uma vez beijou-a em cena tendo comido alho. As mulheres naquela altura ou eram totalmente subservientes ou "não eram apreciadas" por alguns homens. Ela ganhou uma fortuna e ela, que entrou em todas as cenas do filme e fartava-se de gravar, um décimo do vencimento dele.

Na vida real o Gable teve uma filha que nunca reconheceu. Assim ditam as más línguas.

Mas quem realmente sabe, não é mesmo? O que se sabe mesmo do filme é que quase não aconteceu, foi muito problemático de filmar, mudaram de realizador a meio... e saiu, como que por milagre, UMA OBRA PRIMA. Que perdura até hoje.