25 de novembro de 2022

Ready Player One (opinião SEM spoilers)


Se o pessoal acha a série "Stranger Things" saudosista, então este livro é o expoente máximo! O que acaba por ser ligeiramente deprimente pois... toda a premissa é nostalgia dos anos 80/90 e quer dizer, estando em 2040 e tal, não houve mesmo mais nada depois desses anos, merecedores de seguidores geeks? Como disse, deprimente.

O livro acaba por ser uma ode a imensas pessoas que cresceram geeks e acredito que o livro tenha atingido o seu nicho. Contudo, o livro não deixa de ser, na sua essência, uma treasure hunt com componentes futurísticas.

Acho que acima de tudo foi o que me desiludiu no livro, o facto do autor poder ter explorado mais o "futuro" que escreveu pois, de facto, uma população a viver de avatars e contas online? Já conseguimos ver isso mesmo! Daí dizer que, além dessa pequena crítica social, o autor podia ter esmiuçado mais, tornando o livro mais interessante e tendo mais do que apenas a glorificação da nostalgia geek.

Romance? Preferia que não houvesse, muito honestamente. Apesar de perceber o seu propósito ao longo do livro, mas aquele final? Revirar de olhos automático.

Acho que estou a ser demasiado severa na minha opinião porque muito do que foi mencionado tocou no meu coraçãozinho geek. Aliás, o último filme mencionado, mereceu logo um sorriso meu! Mas infelizmente foi apenas isso... aliciou a minha veia geek e, infelizmente, nada mais.

Mentira! Deu, também, para participar no fantástico #syfiachallenge organizado pela @thedailymiacis e @aoutramafalda !

19 de novembro de 2022

A evolução do BookMedia, parte 2

 


Outra evolução, nestes quase 4 anos, que me deixa sempre de sorriso nos lábios é a forma de como a literatura está a ser consumida. 

Quando eu entrei para o BookMedia e explicava que tinha um e-reader, a resposta era automaticamente de renegação. Era uma blasfémia para os deuses da literatura, ter e-books e ostracizar o formato físico. Bravavam aos céus como é que era possível!

“Eu nunca conseguiria separar-me dos livros físicos. Preciso de sentir as páginas. Sentir o cheiro… et cetera.” Agora essas mesmas pessoas fazem stories a dizer o quão maravilhadas estão com o seu e-reader e como a leitura se tornou muito mais cómoda devido aos benefícios que os e-books apresentação. 

Vejo também um aumento, apesar que pequeno, do consumo de audiobooks. As mesmas pessoas que diziam que audiobook não era a mesma coisa que um livro, são as mesmas maravilhadas por audiobooks com full casts ou uma narração com efeitos especiais, oferecendo toda uma outra dimensão à história apresentada. 

Já para não falar de mais e mais pessoas mostrarem com paixão histórias maravilhosas em banda desenhada (e até BD nacional) seja em formato físico ou até em webcomic!

É lindo ver que lentamente o bookmedia português está efectivamente a evoluir. Em contrapartida, vejo cada vez mais pessoas a ler em inglês em vez da sua língua nativa mas isso… é todo um outro assunto para outra altura. 

Mais, uma vez, o BookMedia nunca morre mas, simplesmente, transforma-se. E eu estou mortinha para ver a próxima evolução!

Agora, bom bom, seria o mercado evoluir com os seus leitores. Mas uma coisa de cada vez, não é?


P.S. – BookMedia = bookblog, bookstagram, booktube, booktok, bookcast, et cetera.

12 de novembro de 2022

A evolução do BookMedia, parte 1

 

Tive que ir verificar tanto no blog como nos meus primeiros posts do instagram porque definitivamente datas não é comigo… mas comecei a escrever no blog em 2009. Comecei o instagram (diz nos registos 2019 mas tenho a sensação que tinha começado mais cedo, tal é a sensação de que já estou aqui há imenso tempo, LoL) e lentamente me inseri na comunidade bookstagram portuguesa. 

Isto para dizer o quê?

Apesar de nunca me ter inserido numa só “caixa” e de ter seguido pessoas não só no bookstagram como também, pelo resto do BookMedia fora. Pois felizmente, o BookMedia nunca morre mas, simplesmente, transforma-se. E é precisamente isso que quero falar.

Nestes quase 4 anos, vi realmente uma evolução. 

Primeiramente foi o derrubar a segregação do BookMedia (que felizmente muitas das contas novas não conhecem). Onde de um lado estava o bookstagram e o outro o booktube, as duas grandes plataformas da altura. Mas havia também algumas pessoas em neutralidade, qual Suíça no meio da Europa. E eu era e sou uma dessas pessoas. 

Pois a minha visão é que são diferentes plataformas mas a paixão pelos livros está lá na mesma. São diferentes formas de produzir conteúdo para diferentes formas de consumir conteúdo. 

Como dizem os livros do meu filho, diferente não significa que seja mau, é simplesmente um resultado da maravilha que é a diversidade. 

Há toda uma aura de inclusão, em termos de plataformas, e isso é lindo de se ver! Claro, que nem tudo é um mar de rosas e muitas das vezes é preciso relembrar que por detrás de qualquer conta do BookMedia está uma pessoa, que pode não ter os mesmos gostos que nós ou os mesmos objectivos que nós em termos do conteúdo produzido. 

Muitos vieram para o BookMedia para partilharem o amor pelos livros e além disso, divertiram-se e criaram amizades. Espero que esse espírito nunca mude ou morra. Isso sim é o mais importante!


P.S. – BookMedia = bookblog, bookstagram, booktube, booktok, bookcast, et cetera.


4 de novembro de 2022

Son of the Shadows (opinião SEM spoilers)


 Que viagem que tem sido por Sevenwaters!

Em primeiro lugar, é super difícil comparar entre o primeiro e o segundo livro pois acho-os bastante diferentes. Mas é na mesma uma história que nos agarra, não só pelo enredo mas também pela escrita.

Aliás, quando mostrei que estava a ler a saga, várias pessoas me disseram que o segundo livro é que ia ser e que é muito melhor! Infelizmente, não fiquei com essa sensação... para mim, o primeiro (apesar do início lento) acho bem melhor que o segundo.

Contudo, obviamente o segundo continua a ser uma leitura e tanto! Pois ao contrário do primeiro livro, agarra-nos logo desde início. Com uma heroína diferente mas ao mesmo tempo igual e sim, eu sei que não faz muito sentido, mas eu tenho a sensação que a autora é exímia a apresentar-nos personagens femininas fortes, fora das convenções normais. Seja por forte lealdade, seja pela sua integridade, et cetera.

O romance presente neste livro é diferente, o que não é necessariamente mau (é mais imediato e a mim pareceu-me muito aquela trope de "I can fix him", que eu não aprecio necessariamente) mas acho que neste faltou mais magia.

Contudo e porém, não deixou de ser uma leitura simplesmente fantástica! Com personagens brutais, com um lore maravilhoso e uma escrita lindíssima!

Mais uma vez, obrigada @aoutramafalda por me teres oferecido estes livros. #omelhordoslivrossãoaspessoas

Já leram esta saga? Que acharam deste livro? E sejam, sinceros... o terceiro vai ser murro no estômago, não vai?