30 de junho de 2019

Kurt Seyit & Sura


Ora bem, tenho que vos dar um pouco de contexto para o facto de ter visto este drama turco.

Estão a ver quando vêem uma série no Netflix e depois aparece-vos recomendações? Pois bem, esta série não me apareceu como recomendação a mim mas à minha mãe. Que depois procedeu a toda uma evangelização para que eu visse pois estava muito boa. Devido a ter visto essa série, em seguida, o Netflix dela começou a mostrar mais séries e filmes turcos... o que resultou na minha mãe já saber palavras em turco e outras coisas que vou mencionando ao longo do post, LoL. Cena mais aleatória de sempre, eu sei. 

Portanto, depois de tanto me chatear, o que realmente me fez interessar em ver a série foi o facto da minha mãe me dizer que aquilo foi baseado em factos reais e que existe o livro (que ela leu logo a seguir a ter acabado todos os episódios) que foi escrito por uma neta de uma das personagens principais. Eu quando leio "baseado em factos reais" fico logo lançada! 

Aliás eu para mim, filmes de terror são mesmo aqueles que dizem isso logo no começo, LoL. Mas estou a divagar...

Então a série primeiramente passa-se na Rússia no começo da Primeira Guerra Mundial (o que já por si é interessante) e o foco são duas pessoas: Seyit, um oficial proeminente do próprio Tsar; e Sura, uma jovem nobre russa. Só fico um bocado chateada pois, referido pela minha mãe, os actores não dão a percepção da diferença de idades. Este casal quando se conheceu pela primeira vez num baile, ela tinha 15 e ele 24 anos. Por isso, torna a relação e certas atitudes dela muito mais claras.
Começa com uma visão da opulência da nobreza na Rússia, os bailes, os jantares, etc. As diferenças culturais são fantasticamente demonstradas pois a história leva-nos a diferentes culturas.

Eu ao longo da série e fui apercebendo de uma coisa e gostava de reflectir com vocês. Reparei que nesta  série não há cenas de sexo, de todo. Não digo tipo estilo Game of Thrones mas todos-cobertinhos-e-quietinhos-mas-é-implícito-que-houve-truqui-truqui tipo de cena. Nem isso! Mal existem beijos... Ao qual eu primeiro pensei: "então não há um ram-ram, nem nada?" Depois pensei: há tanta sexualidade "gratuita" em séries que são consideradas de horário nobre que uma pessoa até estranha quando não vê. Não estraga de todo a série, aliás tem história para dar e vender por isso não precisa nada disso, contudo acho que slow-motions e reacções exageradas acabam por ser a cena dos turcos de encher chouriço, LoL.
O que a minha mãe me informou foi o facto de que na Turquia eles têm uma organização tipo a nossa antiga PIDE, que controla as cenas de sexo e afins nas séries e filmes. Ou seja, um actor que dê um beijinho leva uma multa, daí não haver grandes beijocas... Eu quando soube disto, fiquei tipo: woooow! Mas depois de pensar um bocado, não sei se é bom ou mau. O que acham?

Isto foi alto divagar, LoL. Só que acho que fazia sentido também comentar isto com vocês pois lá está, é uma cultura completamente diferente a produzir esta série, isso nota-se e é super giro ir vendo as diferenças. 

Quanto à história em si da série... É assim, é fixe, é super "faca e alguidar" mas a minha mãe diz que o drama turco é todo assim, LoL. Portanto, se isso é a vossa cena, vejam esta série pois de facto é bastante envolvente e nos faz questionar muita coisa do que as pessoas sofrem na guerra, tanto soldados, as suas famílias e como os meros inocentes.
Aconselho também a lerem o livro, sendo mesmo a história verdadeira, enquanto que a série pegou na história verdadeira e colocou lá elementos e intrigas só para criar mais drama, LoL.

O que acharam desta série? Ficaram curiosos? Já viram alguma série turca ou é só a maluquinha da minha mãe? LoL.


28 de junho de 2019

The London Tour: Sky Garden e The Breakfast Club

Depois de tanta passeata que tal irmos para um sítio para relaxar? E também comer, já agora, LoL.


Aconselho vivamente visitarem o Sky Garden na Canary Wharf, que é basicamente um pequeno oásis no meio da "concrete jungle". É um jardim entre arranha-céus, com uma vista fantástica de Londres, além de que no meio deste jardim tem uma área para pequenos concertos, onde por vezes podemos ouvir alguém a tocar piano, o que eu acho simplesmente maravilhoso.


A seguir a relaxarem um bocadinho no jardim e de terem andado tanto, cá venho eu para a minha primeira sugestão de comes e bebes. Muita gente considera o The Breakfast Club paragem obrigatória, quando se vem a Londres... É literalmente um pedacinho de Americana neste lado do Atlântico! 
Eu concordo plenamente, contudo chateava-me o facto de ter que esperar no mínimo meia hora por uma mesa num destes restaurantes (tem mais pela cidade, como por exemplo, tem um em Soho), contudo, vou contar-vos um segredo e uma dica preciosa se não quiserem esperar, pois têm mais coisas para visitar e coisas para fazer, LoL.
Se quiserem efectivamente experimentarem a comida simplesmente fantástica do The Breakfast Club mas não quiserem esperar este mundo e outro, basta irem à filial que fica, literalmente, por baixo do Sky Garden. 
Como aquela área é só prédios, bancos e empresas, não tem turistas, por isso mesmo em "hora de ponta" o pessoal vai aos restaurante para comer rápido ou pedir takeaway. Por isso é muito improvável esperarem mais do que 5 minutos por uma mesa. 
Mais um conselho? Experimentem o que vocês quiserem do menu mas por amor da santa peçam as panquecas para sobremesa... são assim de crescer água na boca!


Sky garden – estação Canary Wharf 

Post anterior: The London Tour: Imperial War Museum

24 de junho de 2019

A mãe emigra



Ser mãe por si só, é difícil mas ser mãe longe da família é extremamente difícil. Eu ia escrever este post direccionado para as mães emigrantes mas não quero deixar de fora as mães imigrantes pois é igualmente difícil.

Ser mãe emigra significa por vezes não poder partilhar a barriguinha com a família, aquele pontapézinho, aquela mexidela quando ouve uma voz familiar, já para não falar da ajuda que não temos caso não tenhamos uma gravidez santa.

Ah! Esqueci-me de que ainda nem fizemos a primeira ecografia e já estamos a sofrer por antecipação a pensar nestas coisas.

Ser mãe emigra é ter medo que na altura em que as contracções comecem ou que as águas rebentarem, que o marido esteja a trabalhar e não temos mais ninguém para nos socorrer. 
É ter pânico de com o stress na altura do parto não se perceber o que dizem e não saber o que fazer ou o que se passa. Se não tiver pessoas amigas com crianças, ter receio que a nossa criança não saiba interagir com outras. Ser mãe emigra é constantemente estar preocupada se a nossa criança vai perceber e falar duas línguas sem ter nenhum atraso na escola e ainda assim conseguindo comunicar com a família em Portugal.

Não ter ninguém com quem deixar o rebento para poder ir a consultas, ginásio, ter um jantar romântico com o marido ou simplesmente ter uma hora de silêncio. Sim podemos ter pessoas que podemos ligar numa emergência mas quantas situações são mesmo uma emergência? Não muitas... Ou ainda o facto de pagar quase um rim por meia dúzia de dias na creche.

Ser mãe emigra é essencialmente ter dias em que temos um sentimento esmagador: "eu estou sozinha". Infelizmente esse sentimento estende-se para culpa pois os nossos filhos também ficam a perder... Enquanto que outras crianças vão ver os avós aos fins-de-semana, os nossos é de vez em quando ou através de um telemóvel. Sim, a internet e as videochamadas ajudam mas não é a mesma coisa que os miminhos dos avós, as brincadeiras dos tios e as traquinices dos primos!

Quando a família nos vem visitar, temos um cheirinho de como a vida seria se vivêssemos perto, já para não falar do peso que se levanta dos nossos ombros. Sim, eu sei que nenhuma família é perfeita mas para quem a tem por perto, aproveite ao máximo a ajuda e suporte.

Ser mãe emigra é ser mãe longe das nossas mães e sobre isso acho que não preciso de dizer mais nada.

É sermos tanto emigrantes aqui, como lá pois temos a nossa estabilidade emocional num país e estabilidade financeira noutro. Mas termos emigrado foi a nossa melhor decisão: não só temos estabilidade financeira, temos oportunidade de progressão na carreira para podermos dar um futuro melhor ao nosso rebento; temos o nosso próprio cantinho; podermos passar férias em família sem contar tostões. Mesmo assim, ser mãe emigra é difícil, é doloroso mas levantamo-nos, mesmo na exaustão, pois em primeiro lugar estão os nossos filhos.

E para todas as mães emigras... gostaria de deixar a mensagem, vocês não estão sozinhas!

22 de junho de 2019

Sala de Cinema: The Breakfast Club




Aquele momento fantástico quando uma sessão de castigo aproxima estes adolescentes... Este filme saiu de 1985 e é incrível como continua actual. Mas não se esperava outra coisa de John Hughes que produziu clássicos como se não houvesse amanhã!

Os cinco adolescentes são os estereótipos mais comuns  na escola secundária: "a criminal, a jock, a princess, a nerd and a basket case". Que se juntam para passar um sábado na escola de castigo, fechados na biblioteca da mesma. O que os leva a interagirem uns com os outros, o que normalmente não aconteceria num dia normal de escola pois são todos de círculos diferentes... 

Após muitas peripécias, discussões e lágrimas, apercebem-se que afinal não são assim tão diferentes e amizades se começam a formar.

Claro que todo o cenário, verbatim e música, é tudo extremamente anos 80 mas para mim isso dá-lhe ainda mais encanto. É engraçado se pensarmos que os pais nunca perceberam a juventude do mundo: o Elvis costumava ser o diabo e agora é demasiado suave para os gostos actuais, o mesmo se passou com Eminem, Marilyn Manson, etc. Imaginem o que pensarão deles daqui a uns anos.

E acho que dentro dessa linha de pensamento e o facto de um adolescente está efectivamente a crescer tanto fisicamente como psicologicamente e emocionalmente, acho que é isso que torna este filme para sempre actual e um clássico aos olhos do cinema!

O que é que vocês acham? Gostam deste filme? Acham que se mantém actual?



18 de junho de 2019

TAG - Geekology

Juntamente com a The Phoenix Flight, a Words à lá Carte, o Tio Heartless e a Sara Dantas, fizemos uma TAG dedicada ao pessoal geek! Espero que gostem...



Esta TAG pode ser respondida em blog post, instagram post ou ainda em vídeo... Não te esqueças de agradecer quem te identificou e podes nomear até 3 pessoas.
Espero que se divirtam a responder às perguntas! 

- Qual foi o livro que leste que te fez sentir mesmo geek?
- Mostra-nos uma das tuas figuras colecionáveis favoritas.
- Tens alguma peça de roupa geek (tshirt, top...)? Mostra uma das tuas favoritas.
- Alguma vez fizeste cosplay? Se sim, mostra o que fizeste. Se não, que personagens gostarias de fazer?
- Qual foi o último comic/graphic novel que leste?
- Qual é o teu jogo favorito (pode ser de pc, xbox, ps, nintendo...)?
- Qual é o teu anime e/ou manga favorito?
- Costumas jogar jogos de tabuleiro (board games)? Tens algum?


17 de junho de 2019

Parabéns ao Maridão!


E quem faz anos hoje? Quem é? A pessoa que mais atura as minhas maluqueiras, LoL.

Parabéns velhote!

14 de junho de 2019

Ideias peregrinas, versão vacinas

 

Tal como tinha dito no Instagram do Reino, eu estive a marinar este post durante bastante tempo pois não sabia mesmo como o escrever mas vocês ajudaram-me e incentivaram-me, por isso aqui vamos nós!

Existe um movimento actualmente, que com as "fake news" e as redes sociais, veio a aumentar imenso, que é o movimento anti-vaxxer, ou seja, o movimento contra as vacinas.
Os anti-vaxxers acreditam que existe uma conexão entre vacinação e autismo, entre outras doenças mentais, além de dizerem que a "Big Pharma" (as grandes companhias e empresas farmacêuticas) só quer lucro e que nos está a envenenar. Ah! E o melhor argumento: para quê vacinar se a maior parte destas doenças já não existem?

Ok, é mais que aceitável cada um ter a sua opinião só que isto não mexe só com uma casa mas com muitas casas, cidades e países! Mas vamos por partes...

Em primeiro lugar, vamos falar sobre o argumento de que as vacinas causam autismo. Se calhar o pessoal que nunca ouvi falar sobre isto, está a pensar onde raio é que foram buscar este argumentos, eu explico. Em 1998, o Dr. Andrew Wakefield (ex-gastroenterologista e investigador médico), decidiu publicar num jornal médico um caso-opinião de que as vacinas podiam criar uma predisposição para doenças mentais e regressão mental em crianças. Escusado será dizer que o jornal médico foi alvo de críticas severas, o médico foi expulso da Ordem e foi-lhe retirada a sua licença para exercer... Mas foi demasiado tarde pois essa "opinião" num jornal médico foi o suficiente para ficar viral. A Academia Americana de Pediatria produziu um documento, com estudos científicos, de 21 páginas, a dizer que sem dúvida não há ligação entre vacinas e o autismo, mas claramente este documento não é do interesse dos anti-vaxxers!
Gostaria de mencionar que acho imensamente triste que para essas pessoas, ou seja, para a sociedade actual, é mais aceitável uma criança não estar vacinada e/ou protegida contra doenças horríveis que a pode matar, do que ser autista (que por si só tem um largo espectro).

Outro argumento, é a Big Pharma que só quer lucro e os está a envenenar... Tudo bem, podem pensar assim mas seria então também aceitável não irem ao médico quando estivessem doentes? É que a Big Pharma faz os antibióticos que tantas vezes nos salvam. A EpiPen para ajudar com choques anafiláticos? Big Pharma. As bombas para a asma? Adivinha: Big Pharma. Já para não falar em medicação para reversão de ataques cardíacos, quimioterapia, etc.
A verdade que toda a gente sabe e ninguém está a esconder, é que tudo tem riscos e tudo tem efeitos adversos. A medicina não é perfeita mas outra verdade é que a ciência já provou que as vacinas é o  melhor método de controlar doenças de se espalharem, ficarmos imunes a elas ou até mesmo como nos afectam...

E isto leva-me ao último argumento que a meu ver é o mais grave: as doenças já não existem, então para que é que as vacinas são necessárias.
Se calhar as pessoas não têm esta noção mas a decisão de vacinarmos os nossos filhos, é uma decisão que afecta a saúde da nossa comunidade. Isto é, o que se chama "imunidade de comunidade" ou "herd immunity", que é quando 90% duma comunidade está protegida e é praticamente impossível uma doença, que pode ser prevenida com vacinas, se espalhar. Ou seja, o recém-nascido que ainda não pode levar vacinas por ser ainda muito pequenino, as mulheres grávidas, os idosos, pessoas com o seu sistema imunitário comprometido (pessoas com cancro, por exemplo) e, ainda, pessoas que não podem ser vacinadas por serem alérgicas.

É por este último ponto que este tema me diz tanto! Como já mencionei aqui no Reino, eu sofri de alergias severas em criança e por isso não pude tomar a vacina do Sarampo até ter 18 anos! Ou seja, até lá tive que me sujeitar à imunidade da comunidade, contar que outras pessoas me iam proteger enquanto eu não pudesse ter a vacina!
Depois quando o Príncipe levou uma das vacinas, ele fez uma reacção horrível e até ele poder levar o resto tive que confiar que o resto da comunidade tivesse as vacinas em dia, para o protegerem... Agora com este movimento anti-vaxxer como acham que me sentia?

Assustada é um eufemismo!

Por isso, é que eu quero internar este pessoal todo! Pois não podem estar bons da cabeça para brincarem com a saúde das outras pessoas assim... 

Mas espero, genuinamente, que este post ajude os indecisos, os mal-informados ou até mesmo para alertar pessoas que conhecem alguém que tomou a decisão de ser um anti-vaxxer.
É do mais triste que há, ver o pessoal a, literalmente desinformar-se na Era da Informação! Só que neste caso afecta-nos a todos. O que é que vocês acham?

Aliás tenho uma questão para vocês, quem acham mais perigoso? Os anti-vaxxers (pessoal anti-vacinas) ou os flat-earthers (pessoal que diz que a terra é plana)?


12 de junho de 2019

The London Tour: Imperial War Museum

Em seguimento de museus que vocês simplesmente têm que visitar, gostaria de incluir este, que para quem é aficionado pelas duas Guerras Mundiais, é paragem obrigatória!


A forma como este museu está feita é simplesmente brutal! Tem 5 andares, nos primeiros é sobre a Primeira Grande Guerra, incluindo exposições interactivas, artigos genuínos mas a que mais gostei foi mesmo um exemplo realista de uma trincheira onde podem circular e ter a verdadeira sensação do que é estar numa trincheira durante a guerra.
Depois os andares seguinte é sobre a Segunda Guerra Mundial, mostrando os avanços científicos e bélicos que houveram em poucos anos, com bocados de submarinos, aviões inteiros, tanques, etc. Maior parte tudo reais! 
O último andar é uma exposição significativa e singular sobre o Holocausto. Mostrando o sofrimento de imensas pessoas, mostrando condições desumanas que tiveram que viver, etc. Chegando ao final mostrando ainda imensos nomes... como que um memorial.

Se forem entusiastas das Grandes Guerras aconselho-vos a perderem uma tarde inteira neste museu para verem com calma, a certas determinadas horas, funcionários do museu dão palestras contando histórias verídicas da guerra em questão e também para perderem tempo com a parte interactiva do museu.

Mesmo que não sejam entusiastas, acho imperativo toda a gente passar por este museu pois abre-nos os olhos para um grande período de sofrimento da humanidade... e para quê?


O que acharam deste museu? Ficaram interessados em visitar?


Imperial War Museum – estação Lambeth North

10 de junho de 2019

We were borderline kids with a book of disorders


Once upon a thrill from a kiss to a swill
We were swallowing the nights like we had nine lives

Dead and gone so long, seventeen so gone

We were borderline kids with a book of disorders
Medicating everyday to keep the straightness in order

Dead and gone so long, seventeen so gone

It's the false side of hope, where believers concede
And there's only memories, when it's over

So pour out some liquor, make it an old fashioned
Remember your youth, in all that you do, the plank and the passion
They were the best of times, they were the best of times
They were the best of times, they were the best of times
Of your life

Once upon before we were brilliant and bored
Two dashes of the bitters, add some ice and you pour

Dead and gone so long, seventeen so gone

It's the false side of hope, where believers concede
And there's only memories, when it's over

So pour out some liquor, make it an old fashioned
Remember your youth, in all that you do, the plank and the passion
They were the best of times, they were the best of times
They were the best of times, they were the best of times
Of your life

(Get boozy, boozy, boozy)
Now it looks like a wasteland
(Get boozy, boozy, boozy)
Not the way that we remember
(Get boozy, boozy, boozy)
One more sip for the past
(Get boozy, boozy, boozy)
And always tip your bartenders

Get boozy, boozy, boozy

So pour out some liquor, make it an old fashioned
Remember your youth, in all that you do, the plank and the passion
They were the best of times, they were the best of times


Nota: eu já mencionei antes o quanto eu adoro as influências nestes dois últimos álbuns de Panic! at the Disco, digam lá que as músicas não estão brutais?

6 de junho de 2019

O maiô cor-de-rosa


Vou-vos contar uma história... Há uns dias no trabalho, estávamos a falar de desportos que praticámos quando éramos crianças. E, a verdade é que, já não pensava nisto há anos!

Eu comecei a praticar ginástica com 4 anos. Ao final de um par de anos, estava a competir... Não fiquem muito impressionados pois não era grande coisa, LoL. Mas os meus pais diziam que eu gostava e tinha amiguinhas lá, por isso, lá continuei.
Contudo, quando tinha por volta de 8 anos, algo mudou. Em vez da equipa de ginástica treinar sozinha no ginásio, comecei a reparar noutras equipas de atletas mais velhos ou de outras modalidades... Comecei a reparar que o treino das outras equipas, era completamente diferente.

Tenho que mencionar que ginástica é um desporto muito difícil, se quiserem ver um pedacinho vejam o filme "Stick it", no qual diz que é mais difícil entrar numa equipa de ginástica de elite do que nos Navy Seals. Tudo verdade! Os treinos são dolorosos e extenuantes...

Além da dificuldade do desporto em si, reparei que as outras equipas não recebiam gritos do treinador; não eram humilhados pelo treinador quando não conseguiam fazer algo; não eram pressionados em posição espargata, por um homem adulto, para obrigar a chegar ao chão... Eu comecei a ver que esse tipo de comportamento não era normal. 
Mas como fazia ginástica, era rapariga e tinha 8 anos, era suposto vestir o meu maiô cor-de-rosa e obedecer o meu treinador pois ele supostamente estava a fazer de mim uma atleta.

Um treinador, especificamente de trampolins, viu-me muito possivelmente a observar. Num dos treinos mais leves lá me deve ter chamado e perguntado se queria experimentar... Adorei!
Eu já não era grande coisa a ginástica, esquecia-me das rotinas a meio e a técnica não era grande coisa... Então a trampolins era bem pior, LoL. Mas gostava imenso, treinava e dava o meu melhor, que era a única coisa que o treinador de trampolins pedia.

A certo ponto estava a treinar ginástica e trampolins ao mesmo tempo (além da natação que tinha na escola). Porquê?
Porque eu tinha medo do meu treinador de ginástica. Tinha medo do que ele fosse fazer...
Até ao momento do sarau (que é basicamente um ajuntamento de todas as modalidades daquele ginásio, em jeito de celebração de fim de ano para as famílias dos atletas), levei o meu maiô cor-de-rosa e o equipamento dos trampolins. Não me perguntem como esta situação chegou a este ponto mas lembro-me perfeitamente de ambos os treinadores estarem à minha frente, tenho ideia da minha mãe estar comigo e eu, com 8 anos, a apreciar o meu treinador de ginástica irado porque eu não podia representar ambas modalidades. Dizia que tinha que obrigatoriamente escolher uma!

Então o treinador de trampolins diz que isso não cabia a eles decidir mas à atleta. Lembro-me da minha mãe me perguntar o que queria praticar... O meu cérebro de 8 anos fez assim uma regra 3-simples e muito prontamente escolhi trampolins.
Se o treinador de ginástica estava irado, agora estava fulo e só me lembro de ele sair dali abruptamente como que uma criança que perdeu num jogo.

Continuei a praticar trampolins e a ir a competições até aos meus 13/14 anos, que foi quando o meu treinador se foi embora e mesmo quando mudei para outro, não tinha a mesma confiança por isso desisti.
Apesar de nunca ter chegado a lado nenhum pois nas competições se o meu treinador não tivesse ao lado do trampolim, eu não conseguia saltar direito. Muito provavelmente eu não conseguia aguentar o medo e o stress das competições...
Não pensem que mudei para uma modalidade mais fácil, o treinador era na mesma exigente. Tinha na mesma que usar um maiô (preto, vermelho e branco), treinar vários dias por semana e até nas férias. Mas nas férias praticávamos outras modalidades: atletismo, rugby, futebol, basquetebol, voleibol e até escalada. Para desanuviar dizia ele... Mas tínhamos na mesma que dar 100%.

Outra coisa que me lembro vivamente é que na minha equipa eu era a única rapariga... possivelmente a piorzinha deles todos em termos de comportamento, LoL. Cheguei a ter uma entorse do tamanho do mundo (a minha única lesão, a sério, em tantos anos de desporto de competição) pensando que tinha partido o pé e foi o meu treinador que me levou ao hospital. Porque é que me lesionei? Porque estava a teimar com ele que não conseguia fazer aquele salto em particular (mortal invertido, nunca me esquece) e em pleno salto bati na barra de ferro do trampolim.
Sim, só de pensar, está-me a doer o pé. Porém, quando a minha teimosia vinha ao de cima, ele dizia-me sempre: se não experimentares não sabes, se errares, levantas-te e fazes outra vez. Na verdade dessa vez foi a única vez que correu mal, LoL. Então eu disse (ultra-mega facepalm): eu salto, só para tu veres que eu não consigo! 

Mas sem gritar, nunca me humilhou, sempre procurando melhorar-me como atleta e pessoa. Apercebi-me a contar esta historia, que não visto cor-de-rosa desde essa altura. Provavelmente na minha cabeça está associado a abuso e humilhação, que era o maiô que tinha que usar na ginástica.
Isto para dizer o quê?

Demorei a perceber que a relação treinador-atleta não era aquela a que estava habituada, na verdade não conhecia outra até aos meus 8 anos, depois a essa idade foi-me colocada uma escolha.
O que eu quero dizer com isto é que as crianças tendem a ver o mundo de maneira mais simplista, mesmo quando estão perante algo que têm medo ou um abusador ou um bully... Na realidade, temos mais força do que pensamos e pequenas escolhas como: ginástica ou trampolins, pode ficar connosco para sempre.
Conforme fui crescendo sofri de bullying por parte de colegas (o considerado "normal" na altura como brincadeiras de miúdos). Sempre em todas as situações que me lembro, de preferir ficar sozinha do que estar numa situação daquelas. Aquele momento de força ou simplesmente uma visão infantil de uma pequena escolha, ficou para sempre.

Por isso, qual for a vossa escolha, por mais pequena que seja, façam-na com o vosso coração. São felizes? Sentem-se bem? Vale a pena? Basta uma pequena escolha por nós e aos poucos começamo-nos a aperceber que temos valor, seja com ou sem pessoas à volta... desde que estejamos bem e a fazer algo que gostamos .

Por isso, a minha mensagem é, confiem em vocês, tenham força e não usem maiôs cor-de-rosa só porque é a norma. Acima de tudo, sejam felizes.

4 de junho de 2019

Game of Thrones: the end!



Acho que dei tempo suficiente para o pessoal ver a nova temporada de Game of Thrones até ao fim... e assim já posso fazer a minha review. 

Ora bem, quando GoT vi a primeira temporada, fiquei logo excitadíssima pois uma série baseada em livros, tinha que sair algo brutal. As personagens estavam extremamente bem construídas, momentos de rir, momentos de chorar, momentos de querermos atirar uma cadeira à televisão... esta série tinha tudo e nunca sabíamos o que esperar!

Até à última temporada.

É assim, eu tenho pena dos argumentistas e do realizador porque por pressões de contrato, tiveram que acabar a série sem o George Martin pois ele ainda não acabou de escrever os livros. Ou seja, em apenas 6 episódios tiveram que acabar uma temporada que para sempre ficará na memória de muita gente por ter sido tão marcante. Não percebo porque é que fizeram apenas 6 episódios pois cada episódio parecia apressado.
A batalha com o Night King... quase 8 temporadas nisto e para resolver demora 5 minutos. Os espectadores não estavam habituados a esse tipo de coisas vindo de GoT, daí o motim. 

Eu respeito o esforço dos argumentistas e do realizador mas tenho que ser sincera que quando acabei de ver a série, parecia que tinha um prato de comida sem sal: sem tempero e sem sabor. O que é completamente o oposto de GoT. O que acontecia com cada personagem era secundário, a história envolvente é que ficava mesmo aquém... 

Mas estou a adorar ver petições para voltarem a fazer esta última temporada de GoT, quando os fãs de Lord of the Rings estão a tremer nas botas enquanto a Amazon está a produzir uma série sobre os livros e os fãs de Inheritance Cycle (Eragon) que estão aos anos para terem justiça pois aquele filme está para lá de mau, LoL.

E vocês? O que acharam desta última temporada? Ficaram desiludidos ou perceberam o que os argumentistas tiveram que fazer?