17 de fevereiro de 2012

Amizades


Conforme vamos crescendo e com o passar dos anos, achamos que já aprendemos as lições todas, que já levámos com todos os murros no estômago e já demos todas as quedas que havia para dar… Achamos que passamos pelo menos a saber escolher, decidir e antecipar problemas com as pessoas pois achamos que as conhecemos. Quantas vezes a minha pessoa já bateu com a cabeça nas paredes à conta disto? Tanta vez.

Mas o que realmente custa são as desilusões de quem menos esperamos. O pior disto é que os meus erros continuam a ser os mesmos e, burra que só eu, tenho a propensão para ir atrás e resolver as coisas, mesmo quando sou eu a magoada, mesmo quando sei que agiram mal comigo. Apenas, porque eu não gosto de deixar as coisas por resolver, os assuntos por arrumar e esclarecer. Acabando sempre por dar uma de cachorrinho, coisa que odeio em mim pois deveria ser capaz de ignorar ou dar desprezo. Simplesmente não consigo… E quando isto não acontece é porque cheguei ao meu ponto de ebulição e corto radicalmente, ou seja, nem 8 nem 80.

Um dia li uma citação, já não me lembro de quem, que de tão certa fez ricochete no meu cérebro. Dizia, algo do género, que nós só perdoamos o que perdoamos (desde as coisas mais pequenas a coisas mais graves) a certas pessoas porque as queremos manter nas nossas vidas.
Há muito que tenho estado a incutir em mim própria o pensamento “eu não preciso de pessoas destas na minha vida” porque a verdade é mesmo essa. Não preciso de muitos amigos. Para quê? Para quando realmente precisar, estar tudo misteriosamente ocupado? Não me parece… Até porque sempre fui apologista de: amigos, que sejam poucos mas muito bons!

Não acham?

23 comentários:

Ricardo disse...

Já tive a minha quota parte de desilusões com amigos e alguns casos que me custaram mais que outros. Eu tenho um limite de tolerância mesmo muito elevado, mas quando corto não há volta a dar.
Há muitas pessoas que têm necessidade de se apelidar de nossas amigas para se sentirem bem, quando efectivamente não querem saber.
Não acredito em amizades demasiado imediatas, os meu samigos a sério são todos pessoas com as quais não me comecei imediatamente a dar bem e a concordar em tudo e a andar em sincronia curiosamente. xD

Nokas disse...

Cada vez me convenço disso...vale mais poucos mas bons!!

Nadine Pinto | Fotografia disse...

Os meus contam-se pelos dedos de uma mao, mas estao sempre ali quando eu preciso. O resto é paisagem.

eu disse...

É triste, mas é verdade Corina. Antes poucos e verdadeiros que muitos mas superficiais.

Candybabe disse...

Que sejam poucos mas bons, tive uma grande desilusão, custou muito mas segui caminho!
Tem de ser*
;)

Tio Heartless disse...

É mesmo. Amigo - Poucos e bons que valham mais que o mundo todo.

Tanita disse...

Eu conto pelos dedos aqueles que são realmente meus amigos, que estão lá para o que der e vier. Aprendi à custa de muitas desilusões que o melhor está na qualidade e não na quantidade. Bj**

Joana | My Pretty Mess disse...

Compreendo-te. Também eu sou de resolver as coisas logo na hora, para o bem ou mal. Não com a intenção de perdoar, embora isso aconteça. Ainda assim há coisas que já sei relativizar e deixar de lado. Afinal, não vale a pena...

Anita disse...

de q vale ter muitos amigos e qdo precisamos todos se vao, mais vale pocuos e bons e presentes ;)

Anónimo disse...

Infelizmente, tenho aprendido isso à força :S

*Nightwish* disse...

Não tens que ser uma cachorrinha só porque queres deixar as coisas resolvidas. Eu faria o mesmo, o que não queria dizer que perdoava, porque há coisas que não têm perdão.
Não te preocupes se tens poucos bons amigos, porque esses são os que bastam e aqueles que sabes que sempre vão estar ali para ti =)
Bjs*

Unknown disse...

Amigos são aqueles que estão sempre lá nos maus e nos bons momentos. Mesmo que estejam longe fisicamente, arranjam sempre maneira de sabermos que podemos contar com eles.

Esses são os amigos. Os outros? Os outros são simples conhecidos (Ou mesmo desconhecidos, no caso de alguns).

Bom fim-de-semana.

Farruskinha disse...

Realmente por vezes somos burras e as pessoas nos magoam e mesmo assim nós achamos que devemos esclarecer e ficar tudo bem, mas o que disseste no final é o que realmente devemos pensar, não precisamos desse tipo de pessoas na nossa vida :) Cada vez mais penso assim e prefiro ter apenas 1 grande amigo do que ter 10 ou 20 que não prestam e que só me deitam para baixo

Afal disse...

E depois há aqueles que sabem o quão especial é terem-te nas suas vidas e que valorizam muito a tua amizade ^^

Amorinha =) disse...

Sem dúvida mais vale poucos e bons! Eu tenho poucos..e não me envergonhe de dizer que não tenho jantares de 15 pessoas com os amigos.
Mas, quando é preciso sei com quem conto e com quem não conto.

S* disse...

Eu só preciso de quem realmente me ama.

Merluskia disse...

Gostei dessa "só perdoamos porque as queremos manter nas nossas vidas".
É bem verdade!

asminhasquixotadas disse...

Passei por isso era ainda uma miúda. Apercebi-me de que empolamos demasiado a amizade. Na hora H quem esteve lá para mim foi única e exclusivamente a minha família. Ainda hoje recordo esses tempos difíceis com uma mágoa enorme por ter constatado que os meus amigos eram, afinal, os das horas boas. Nas horas más até chegavam a ter de ir passar a ferro... Em suma: acabei por aprender que a minha melhor amiga sou eu, tenho de ser eu e que amigos há muitos. Vão e vêm, mas eu fico sempre. Nunca ninguém concorda comigo, mas acho mesmo que damos demasiada importância a isto da amizade e, claro, acabamos magoados. Dirão que a pensar assim é natural que os meus amigos não queiram nada comigo. Respondo já: quando pensava que eles eram o melhor do mundo, nem por isso deixaram de ser uns idiotas demasiado ocupados para me ajudarem. Assim sendo, o conselho que dou sempre é: pensa em ti. Primeiro em ti, depois em ti e no fim em ti. Garanto-te que depois acabas a ver muito melhor quem realmente deve fazer parte da tua vida. *

Anónimo disse...

olá,
vai com calma.
tb e compreendo.
amigos todos precisamos...não precisam ser muitos mas...nem que seja 1 ou 2
bjs
fica bem

Pretty in Pink disse...

Tens razão quando dizes poucos mas bons...Também já me desiludi com muita gente mas começo a perceber que errar é humano e se tirar da minha vida toda a gente que erra comigo, qualquer dia acabo soznha, precisamente porque toda a gente erra, eu também, e gosto que me perdoem quando faço sem querer....Claro que por vezes as situações são demasiado graves para se perdoar mas por outras não são assim tão graves quanto isso...Não sei qual é o teu caso, mas se por por os teus amigos ficarem misteriosamente ocupados quando precisamos deles até pode haver um mal entendido ou de facto estarem mesmo ocupados....Já me aconteceu, já aconteceu aos que eu gosto mas acabei por perceber que cada um tem a sua vida e só depois vem a parte de ajudar os amigos...
Isto tudo para dizer que não nos devemos precipitar e pensar muito bem se o que nos fizeram é tão grave assim que ponha em risco uma amizade :)

Beijinho*

A♥ disse...

Eu costumo dizer: Eu só quero saber de quem quer saber de mim.

Big Kisses

Emilia de Abreu disse...

Como eu te compreendo...
Concordo bastante contigo quando dizes que não precisamos de muitos amigos. A verdade é que não precisamos mesmo, precisamos apenas dos certos!

Kisses, Em**

http://simplicityischic.blogspot.com/

Ana C. Martins disse...

Tantas verdades Corina. Acho que este texto me servia plenamente como luva. Já fiz o que tu fizeste tentar resolver algo mesmo que a culpa não tenha sido nossa, mas as coisas nunca ficam iguais e o valor "desses" amigos perde-se. não vale a pena, pessoas assim não fazem falta. mas custa sempre.

beijinhos