Pensei e re-pensei sobre este post... no final, apercebi-me que não vou conseguir limitar-me a um post apenas.
Depois do parto, como devem imaginar estava bastante cansada mas, obviamente, que a partir daquele momento, que tempo para recarregar baterias ia ser muito reduzido, LoL. Agora olhando para trás, devia ter aproveitado o facto de que o Príncipe também estava exausto, para tentar descansar o máximo... mas sabem o que aconteceu? Apesar da minha exaustão, quase não preguei olho na primeira noite com ele. E vocês dizem: pois tinhas que dar de mamar e afins... Também mas não era só isso. O Príncipe se não estava a mamar estava a dormir descansadinho, nos entretantos em vez de dormir estava completamente vidrada nele e, principalmente, a ver se ele respirava.
Parece coisa de malucos mas a noite toda era eu a tocar-lhe no peito ou nas costas para ver se ele estava a respirar, de tão pacífico que estava.
Ficámos 2 dias no hospital, contudo no final do dia 18 as midwifes já estavam prontas para me mandar para casa. Eu é que não me sentia confortável para ir pois o Príncipe estava a ter alguma dificuldade em pegar na mama e amamentar era das coisas que mais queria, por isso ficámos aquela noite para eu ter algum tipo de suporte nesse aspecto.
Não tenho que dizer das midwifes. Como profissional, às vezes elas conseguem ser bastante difíceis de trabalhar mas como doente, estando do outro lado, foram espectaculares!
Quando fomos para casa é que a "diversão" começou.
Aqui no UK, no dia a seguir à mulher regressar a casa, ela tem uma visita domiciliária da sua midwife que a seguiu ao longo da gravidez. Ela vem ver como a mãe está, se tem alguma dúvida, se precisa de algo, etc. Passado um par de dias tem outra e assim sucessivamente para ir vigiando a recuperação da mãe, como está a alimentar o bebé (neste caso recebi imenso apoio à amamentação) e, claro, o bebé.
É completamente normal o bebé perder peso naquela primeira semana e o Príncipe não foi excepção... Foi neste momento em que me apercebi de que o meu "Eu" profissional, não gosta de comunicar com o meu "Eu" maternal. Eu sabia que é normalíssimo e até esperado os bebés perderem entre 10 a 15% do seu peso mas mesmo sabendo, o meu coração de mãe ficou muito apertadinho e angustiado.
O que se passava na minha cabeça era que eu não era boa mãe, que não estava a saber cuidar do meu filho, entre outros mantras do género.
Claro que depois dessa semana, o Príncipe começou a engordar a olhos vistos, sendo pesado todas as semanas, os números não mentiam mas, infelizmente, as inseguranças continuavam a tocar na minha cabeça.
Com a explosão hormonal e com os mantras negativos... fui-me muito abaixo. Os tão falados baby blues atacaram-me mesmo!
Sentia-me um falhanço como mãe de cada vez que o menino chorava... mas irei falar mais sobre isso num outro post.
Correndo o risco deste Reino se tornar num baby blog, irei partilhando as aventuras desta nova mãe e tudo o que isso envolve. O que acham?