26 de fevereiro de 2021

Aphrodite e as relações militares


 Aphrodite é mais conhecida, obviamente, por ser a deusa do amor e da beleza e, apesar de estar correto, a deusa tinha todo um lado militar. Não será por acaso que a deusa teve todo um caso amoroso com Ares, resultando em Eros, Phobos, Deimos, Anteres e Harmonia. 

Aliás, é muito comum o culto de Ares e Aphrodite estarem intrinsecamente conectados. A deusa era então adorada pela sua vertente nas mais variadas relações, isto é, os seus adoradores procuravam-na para promover a união do povo de Atenas, em ambas as relações pessoais como políticas. 

Algumas fontes mais antigas ligam o culto de Aphrodite à fundação da democracia!

24 de fevereiro de 2021

Hunger Games series: The Ballad of Songbirds and Snakes (opinião SEM & COM spoilers)

 



(Spoilers estão protegidos aquando visualizado em versão Web mas para conseguirem ver basta selecionarem o texto)

Já se passaram uns quantos dias desde que acabei este livro da Suzanne Collins pois estive a digerir o que pensava dele.

A saga Hunger Games é uma das minhas distopias favoritas, por isso quando este livro saiu estava um pouco apreensiva pois ou ia correr muito bem ou muito mal. Só gostaria de avisar que esta review poderá ter alguns spoilers relativamente à trilogia original de Hunger Games mas não deste livro em particular, se houver algum spoiler estará protegido e basta selecionarem o texto para ver.

Quando me apercebi que seria a história do Presidente Snow, fiquei com as minhas expectativas um pouco mais altas pois é sempre interessante saber o background do vilão. Se bem que neste caso o Snow na minha opinião é um vilão “Hydra” (corta-se a cabeça e nasce outra ou mais no seu lugar), portanto fiquei mesmo curiosa para onde a autora ia levar a história.

A trilogia com Katniss passa-se durante o 74º Hunger Game mas neste livro a acção passa-se no 10º. Ou seja, foi uma parte interessante podermos ver como era Panem, 10 anos depois da grande guerra, onde até mesmo na Capitol as pessoas passam por fome, pobreza e doença.

Aliás a análise da evolução dos Hunger Games foi o que me aliciou na leitura pois quem é que efectivamente quer ver miúdos a assassinarem-se uns aos outros? Como é que a sociedade chega a normalizar isso? Como é que o governo, neste caso a Capitol, consegue “obrigar” todos os outros distritos a participar e a visualizar os jogos? 

Além disto? Pouco mais do livro me interessou para ser perfeitamente honesta. Não é pela ambiguidade de Coriolanus Snow, até porque é completamente natural que o seja. Contudo, nunca me liguei efectivamente à sua personagem, apesar de vermos obviamente a história pelos seus olhos. 

Como já disse várias vezes, eu adoro ler histórias com vilões pois mesmo sabendo o resultado final, acabamos investidos no seu caminho… Só que não senti isso neste livro.

Mais nenhuma personagem é assim memorável na minha opinião, apesar de que pensei que iriamos ter uma explicação sobre Tigris e a sua ligação com a trilogia mas mais uma vez isso não acontece. Vê-mos sim a origem das rosas brancas de Snow e a origem da música Hanging Tree mas além disso…

Achei o livro até um pouco longo para a história que acarta, que na minha modesta opinião é quase nenhuma ou adiciona quase nada ao mundo de Hunger Games. No final da leitura, ter a sensação de que ter lido ou não este livro pois fiquei a saber precisamente o mesmo, não é uma sensação muito boa mas foi efectivamente o que aconteceu. 


Review em vídeo: não se esqueçam de passar pelo Instagram do Reino para verem a review em vídeo.

Audiobook: a história é super fácil de acompanhar, aliás a acção até é bastante lenta e a linguagem acessível, por isso este formato adequa-se perfeitamente.


19 de fevereiro de 2021

The Covenant series (opinião SEM spoilers - updated)


Quando decidi fazer uns updates a algumas das minhas reviews/opiniões mais antigas, pensei logo que esta saga da autora Jennifer Armentrout, ia ser a mais difícil. Porquê? Perguntam vocês e muito bem? É-me difícil falar sobre esta saga porque eu a simplesmente adoro. Portanto se eu não fizer muito sentido, já sabem o porquê, LoL.

Em primeiro lugar, eu, passado estes anos todos (sim, porque a primeira vez que li, já foi em 2013), não consigo perceber o porquê desta saga não ser mais conhecida e estar traduzida para português. É esse o grande impedimento que me dizem quando eu recomendo estes livros. Contudo, gostaria de deixar uma nota de que a escrita e o inglês da autora não são complexos. Na minha opinião, a saga é bastante fácil de ler, mesmo para quem tem um conhecimento mediano da língua, pois a autora não é extremamente descritiva e até tem uma grande pitada de humor, que eu, pessoalmente, adoro.

Em segundo lugar, ao longo dos anos houve conversas de adaptar esta saga para uma série televisiva, mas isso foi cancelado na altura pois havia séries muito populares no ar (por ex.: Game of Thrones) e era difícil combater mas, quando vi isso, pensei logo que era desta que a saga ficava mais conhecida e talvez fosse traduzida. Infelizmente, ficaremos a rezar a todos os deuses gregos para que aconteça no futuro.

Se me pedissem para tentar descrever a premissa destes livros em poucas palavras, eu diria que é uma adaptação moderna da mitologia grega aos dias de hoje. A autora pegou na vasta mitologia grega, que para quem não sabe é uma das minhas grandes paixões, deu um twist moderno incluindo a sua própria história. Não a deixando fora da originalidade.

É importante referir que esta saga tem 7 livros, dois deles são short stories, ou novelas ou contos. Em muitas sagas, as short stories são inconsequentes para a história principal porém, nesta saga, não considero que seja o caso pois considero que ambas as short stories são importantes para a compreensão completa da história e das personagens. Por isso, deixo-vos a ordem de leitura:

0.5 - Daemon;

1 - Half-Blood;

2 - Pure;

3 - Deity;

3.5 - Elixir;

4 - Apollyon;

5 - Sentinel. 

Outro ponto pertinente é o facto de a personagem principal ser feminina e ser uma personagem forte. Para quem não sabe, eu tenho como que uma alergia a personagens coitadinhas, principalmente se forem femininas pois, a altura de mulheres de estufa e com fraqueza de espírito morreu com Cronus (see what I did there?). Contudo, uma personagem forte não quer dizer que ela seja perfeita, pois não o é... Aliás, há várias situações em que se tivéssemos a personagem principal à nossa frente, bem que queríamos dar uns fortes abanões. 

A saga começa com Alexandria Andros, a nossa personagem principal, com 17 anos. Por isso, quando as pessoas começam a ler e me dizem: mas é um pouco juvenil. Eu compreendo, mas não se esqueçam também da idade da personagem... Contudo, o juvenil dura pouco pois é o evoluir e o crescimento da personagem que tornam os livros simplesmente fantásticos para mim. Alexandria pertence a um mundo que existe em paralelo, ao nosso mundo normal, uma sociedade onde a mitologia grega existe, respira e está de boa saúde. 

Existe uma hierarquia, não só do que já sabemos da mitologia em si, mas que a autora criou. Existem, claro, os deuses gregos (Zeus, Hera, Athena, Apollo, Hades, etc); hematoi ou pures, que é como que outro fruto entre ajuntamentos de deuses e mortais; half-bloods, o resultado entre uma mistura de pure e mortal; e, claro, os meros mortais que nada sabem. Esta hierarquia está obviamente muito bem explicada nos livros e é cimentada no enredo pois quanto mais baixo na hierarquia, menos poder social têm, nem poder literal (aether como é chamado nos livros). 

Sim, a autora agarrou na mitologia grega, mas criou toda uma história dentro dessa mitologia e não a tornou em algo que já tenhamos visto em qualquer mito. A beleza de retellings é mesmo essa, é o facto de às vezes pegarem em contos, mitos, folclore e contarem toda uma nova história com essa base! 

Contudo, com a história que a autora teceu nesta saga, ela menciona muitos assuntos com os quais (mesmo que seja com mitologia) nós somos capazes de nos relacionar e criar empatia com a situação. Isto é, a autora toca em assuntos como consentimento, relações abusivas, vícios, luto, depressão, ansiedade, racismo, xenofobia, entre muitos outros... Acrescentando a isto tudo, uma evolução extraordinária das personagens, torna esta saga fantástica de se ler.

Se não ficaram convencidos a ler The Covenant depois desta super-hiper-mega review, não sei o que fará, LoL. Se gostam de fantasia com um pouco de romance, leiam esta saga. Se gostam de mitologia grega, leiam esta saga. Se querem ficar completamente viciados numa leitura, leiam esta saga!

Esta é a minha evangelização aka livros que estou constantemente a pregar aos sete ventos... mas já conheciam esta saga? Já leram?


Audiobook: recomendo esta saga neste formato. Normalmente não aconselho fantasia em audiobooks mas na verdade acho relativamente fácil de seguir.

Review em vídeo: IGTV - The Covenant

12 de fevereiro de 2021

Apollo e o formigueiro no umbigo



Em jeito de celebração do Dia do Amor, que é este fim-de-semana... Vocês sabiam que o deus do sol e da medicina arranjou maneira de identificarmos a nossa alma gémea? 

Pois é, há muito tempo os mortais pareciam que eram duas pessoas coladas uma à outra em tudo: dois pares de mãos, dois pares de pernas, um par de cabeças, etc. Estas criaturas eram, no entanto, bastante insolentes, então, depois de chatearem Zeus por alguma razão, ele castigou-os cortando-os literalmente ao meio e colocou Apollo como responsável de os formar ou reestruturar, como preferirem dizer…

Apollo, sendo um verdadeiro romântico na verdade, fez o seguinte: ele formou cada metade da criatura, cosendo cada corpo, criando assim um humano com apenas uma pequena ruga na barriga. Esta pequena ruga seria uma eterna lembrança da arrogância que as criaturas tiveram, mas seria também uma forma de encontrarem a sua alma gémea, tendo em conta que a antiga raça de criaturas eram duas partes da mesma alma.

Por isso, se alguma vez sentirem um formigueiro no umbigo significa que a vossa alma gémea está muito perto! Ou então são gases…. É um pouco difícil de distinguir, LoL.



Nota: muito obrigada Sam_Livralma pela revisão do texto.

10 de fevereiro de 2021

Assinado, Morte [opinião SEM & COM spoilers]


(Spoilers estão protegidos aquando visualizado em versão Web mas para conseguirem ver basta selecionarem o texto)

Quero começar por agradecer ao autor por me ter fornecido o livro para eu fazer a minha honesta review e foi, de facto, difícil analisar o livro pois foi uma das primeiras vezes que li um livro com esse propósito, mas como o autor não espera nada mais que honestidade da minha parte... Aqui vai!

Resumindo ao máximo a premissa do livro, seguimos um investigador da Polícia Judiciária enquanto tenta resolver um homicídio, com um narrador extra muito interessante que é a Morte. Nesta opinião, tendo em conta que tentei analisar mais a fundo o livro, esta review vai ter alguns spoilers mas protegidos. Quem quiser ler a opinião toda basta selecionar o texto todo para ficar todo visível. Além disso, como li este livro numa leitura conjunta, em que o trio é extremamente diverso em não só literatura como experiências pessoais e background profissional, foram apontadas outras falhas, além das que vou mencionar no meu post, mas isso deixo para vocês verem na review da Words À La Carte.

Relativamente ao livro, acho que a narrativa é extremamente fluída, às vezes até demasiado. Eu não acredito que estou a dizer isto, mas este livro carece de palha. Estão a ver aquele intermédio onde sabemos mais das personagens, dos sítios, das relações, da história... pois, disso, este livro tem pouco. O que não é necessariamente mau para quem quer ler algo com um desenvolvimento rápido e uma escrita leve. Contudo, o tema do livro está longe dessa leveza, mas como dizia Jack The Ripper, vamos por partes. 

Uma das minhas críticas é, de facto, algumas incoerências. A parte em que o autor coloca medicina à mistura, torci um bocado o nariz. Se isso aconteceu por eu ser enfermeira há quase uma década? Talvez, mas empancou-me algumas vezes. Um exemplo, é entrar em detalhe do porquê da dificuldade no parto de uma das personagens, que eu ainda aceitava, mas os termos técnicos eram desnecessários tendo em conta que o autor não explica o porquê da sua gravidade. Outra situação, é todo um coma diabético que os termos técnicos de nada servem, pois, a situação é um bocado irrelevante para a história. Além, claro, da estadia de uma das personagens num hospital, em serviços errados para a condição do doente, recuperação demasiado miraculosa, entre outras. Quando numas situações temos a procura de termos técnicos, noutras temos como que um desconhecimento do funcionamento de um hospital. É deste tipo de incoerências que eu estou a falar.

Algo no livro que me fez rir um pouco, é o facto de que se eu não soubesse quem era o autor, eu iria saber automaticamente que era um homem, LoL. Há certas e determinadas cenas mais de cariz sexual que uma mulher pode padecer de revirar um pouco os olhos. Não tenho pudor nenhum em ler cenas de sexo, erótica... Gente, eu fui a pessoa que desafiou meio mundo a ler Dino Erotica! O meu problema com as cenas deste livro, é que mesmo que eu não soubesse quem é o autor, ia saber logo aí que é um homem. Aliás, quando falei com o autor, criei todo um desafio (que seria como que um exercício de escrita) de escrever uma dessas cenas na perspectiva da mulher. Se calhar poderiam dizer que as cenas de sexo seriam dispensáveis? Não concordo, o autor colocou-as com um propósito claro e isso nota-se. Apesar do livro não ser nem de longe nem de perto erótica, acho que acabou por alienar muita gente. Apenas tem que trabalhar um pouco essas descrições, mas, como em tudo o que estou a dizer, é a minha modesta opinião.

Outra crítica que faria é o facto de não haver diferença no diálogo. Isto é, no nosso dia-a-dia temos um diálogo diferente quando nos dirigimos a um colega de profissão e quando nos dirigimos ao nosso(a) companheiro(a). Não notei diferenças no diálogo, é como que se o autor mantivesse tudo na mesma linha sem haver variações, o que por si só torna difícil de criar empatia com as personagens. Contudo após falar com o autor, este referiu que o fez com um propósito, por isso anseio ver o que advém daí!

Um reparo que gostaria fazer é por exemplo na cena final, quando efectivamente encurralamos o Amílcar, existe todo um momento clichê/típico/batido de “monólogo de vilão que explica tudo aos heróis para fechar a história com um lacinho”, que não corresponde, de todo, à personalidade apresentada durante o livro. 

Até então, a nossa percepção do Amílcar é a de um psicopata com traços narcisistas, portanto, com estes traços, seria mesmo muito improvável um narcisista se suicidar com uma arma. Ele iria arranjar maneira de se suicidar sendo culpa de outra pessoa, por exemplo, "cop suicide" mas ele tomando essa atitude, sai um bocado do carácter.

Uma coisa que gostei do livro foi o facto de haver dois narradores, o típico narrador omnipresente e... a Morte. Acho que neste campo o autor até podia ter aproveitado ainda mais a ideia e dar asas à sua imaginação. Ter mais comentários da Morte ou análises, incluindo visualmente uma estrutura de texto diferente (em termos de design) ou tipo de letra diferente para o leitor saltar de um narrador para o outro sem quaisquer confusões ou perdas de ritmo de leitura. Ou seja, a meu ver, é todo um elemento do livro que pode e deve ser explorado.

Para dar um exemplo do que o autor podia ter feito, é usar a Morte como alguém que aponta o que está errado com a sociedade, ou até mesmo verdades duras da vida. Exemplo prático: aquando a descrição de Filipa como mulher de carreira e mãe solteira, a Morte poderia aprofundar o pequeno comentário de que uma mãe solteira é considerada algo danificado ou com demasiada bagagem, além, claro, das dificuldades que passam. Resumindo, como disse, aquelas verdades que às vezes custam a ouvir ou a ler, mas a Morte pode dizer isso e muito mais pois "in the end, nothing else matters".

Apesar das falhas apresentadas/vistas/mencionadas, que me impediram de me sentir completamente satisfeita com o livro, a realidade é que tanto o autor como o livro, têm imenso potencial. 

O tema em si, a premissa do homicídio, o "truque de magia" do facto de não ser quem pensávamos quem era, a junção de teologia com ciência, o multiverso e realidades alternativas, a Morte como uma entidade e em parte narradora. Até mesmo as pequenas expressões em latim (que para o leigo ou pessoa não tão conhecedora desta língua, ficaria bem ao autor, colocar uma nota de rodapé ou então colocar uma personagem traduzir para o leitor não se perder na narrativa)!

Em suma, este livro ainda está muito verde: a premissa é boa, a ideia por trás tem imenso potencial mas as descrições falham, o que leva a personagens unidimensionais e a linha temporal não é respeitada.

Quanto à premissa achei que a teoria do multiverso foi bem inserida, com algum fundamento até pois após a conversa com o autor, notei que tinha mesmo lido certos artigos e obras, o que até seria interessante listar durante o livro ou no final em termo de curiosidade para o leitor. Gostei, também, por o autor envolver alguma teologia, dando luz à batalha titânica "ciência vs. religião" que divide mundos quando na realidade tudo poderá estar envolvido, gosto mesmo muito desse tema.

Por isso, acredito piamente que se o autor corrigir estas lacunas que tem, efectivamente, uma grande história! Pois mesmo com estas falhas conseguiu prender-me na sua narrativa tão fácil.


Review em vídeo: IGTV - Assinado Morte

5 de fevereiro de 2021

Sala de Cinema: Bruce Almighty



Vai ser o primeiro filme com o actor Jim Carrey que vou mencionar nesta rúbrica Sala de Cinema mas a verdade é que vai haver muitos mais! Eu até podia dizer que este filme, por acaso é um dos clássicos mais recentes mas a verdade é que o filme já estreou há mais de 15 anos, LoL. Saiu em 2003 e desde então ficou um dos meus favoritos no género de comédia.

Mas vamos por partes. Juntamente com o  realizador Tom Shadyac (que realizou também Ace Ventura, outro grande filme de comédia com o actor Jim Carrey... bem se calhar, agora pensando bem devia ter começado por esse mas olha paciência, LoL fica para a próxima), com os guionistas/argumentistas (que um deles é responsável por alguns episódios de Seinfield, já só aí promete não é) e com o elenco de peso de Jim Carrey, Jennifer Aniston, Steve Carell, Morgan Freeman... reuniu-se assim um elenco, só para lá de fantástico, para uma excelente comédia. 

Contudo, este filme acaba por ser tão mas tão mais do que uma mera comédia. Relativamente à premissa do filme, é basicamente um homem, Bruce, que numa maré de azar, reclama com Deus e este último acaba por ter uma conversinha com Bruce e ensina-lhe como é difícil de gerir o mundo e as expectativas das pessoas, dando-lhe efectivamente poder divino. Ou seja, além do elemento fantástico da comédia, este filme tem também um bocadinho de romance, drama e até um bocadinho de acção.
Dito isto, não acho o filme extremamente religioso, contudo, mesmo assim o filme está banido em alguns países. Já para não falar do falatório de quando o pessoal foi efectivamente ver o filme e Deus é... Morgan Freeman. Que na minha modéstia opinião, passou a ser a minha imagem de eleição para Deus porque convenhamos, é Morgan Freeman. Não sei se houve efectivamente outro actor que representou Deus mas a este actor serviu que nem uma luva e foi extremamente respeitoso. 

O filme tem uma excelente história, com uma mensagem fantástica, bons efeitos especiais, banda sonora idem aspas e, claro, grandes actuações. Muito honestamente, o filme não seria o mesmo sem o Jim Carrey como personagem principal! O homem faz uma careta e meio mundo já se está a rir, LoL.

Gostaria de deixar a questão se mais alguém adora bloopers no final de filmes de comédia, isto porque para mim significa que os actores efectivamente se divertiram a fazer o filme. Claro que isto para alguns actores é bastante difícil, como por exemplo o falecido Robin Williams em que os bloopers davam outro filme, LoL. Mas por acaso é uma coisa que gosto e este filme não me deixa ficar mal nesse campo. 

Existe outro filme do mesmo franchise que é o Evan Almighty com o Steve Carell como personagem principal, mantendo Morgan Freeman como Deus, apesar de ser um filme engraçado, na minha opinião não chega aos calcanhares de Bruce Almighty. 

Já chegaram a ver este filme? Se ainda não viram, nesta altura de confinamentos e muita ansiedade, vejam esta comédia brutalíssima!
Se já viram...  qual é a vossa parte favorita do filme?


P.S. - a minha parte favorita debate-se entre a parte "I've got the power" e a parte do restaurante em que ele separa a sopa, LoL.