30 de março de 2020

The Book Swap 2020 (ADIADO)



Tinha decidido voltar a organizar o The Book Swap em 2020. Contudo devido à conjectura do momento, decidi adiar.

Sim, adiar esta mega celebração do Dia Mundial do Livro porque, na verdade, este dia é como o Natal: é quando a gente quiser!
Portanto quando as coisas estiverem melhor, o The Book Swap volta em força! Até lá vamos lendo que temos nas nossas bibliotecas pessoais. 

Descobrindo novos mundos, tendo aventuras fantásticas, sem sairmos de casa... Por isso, o que estão a ler de momento?

28 de março de 2020

Book recommendations for your Hogwarts House

Vi estas recomendações em vários blogs e então decidi partilhar com vocês para ver se as nossas leituras vão de encontro com a nossa casa de Hogwarts! Vamos a ver se corresponde?

Gryffindor: 
You might belong in Gryffindor,
Where dwell the brave at heart,
Their daring, nerve, and chivalry
Set Gryffindors apart.

Os livros mencionados para esta casa são Night Circus de Erin Morgenstern, Ready Player One de Ernest Cline, A Court of Thorns and Roses de Sarah Maas, Sadie de Courtney Summers, The Book Thief de Markus Zusak e Illuminae de Kaufman & Kristoff.


Hufflepuff:
You might belong in Hufflepuff,
Where they are just and loyal,
Those patient Hufflepuffs are true
And unafraid of toil.

Os livros mencionados para esta casa são Fangirl de Rainbow Rowell, Perks of being a wallflower de Stephen Chbosky, The Kiss of Deception de Mary Pearson, To all the boys I've loved before de Jenny Han, Caraval de Stephanie Garber e Six of Crows de Leigh Bardugo.

Ravenclaw:
Or yet in wise old Ravenclaw,
if you’ve a ready mind,
Where those of wit and learning,
Will always find their kind.

Os livros mencionados para esta casa são Jonathan Strange + Mr. Norrell de Susanna Clarke, Aristotle and Dante discover the secrets of the universe de Benjamin Saenz, Dark Matter de Blake Crouch, War Cross de Marie Lu e Pride and Prejudice de Jane Austen.

Slytherin:
Those cunning folks use any means
To achieve their ends.
And power-hungry Slytherin
Loved those of great ambition.

Os livros mencionados para esta casa são 3 dark crowns de Kendare Blake, A darker shade of magic de VE Schawab, Angelfall de Susan Ee, The cruel prince de Holly Black, Murder on the orient express de Agatha Christie, The Godfather de Mario Puzo e Miss Peregrine's Home for Peculiar Children de Ransom Riggs.


Que acharam destas recomendações? Quantas delas já leram ou estão na vossa lista de livros para ler?

26 de março de 2020

Temas Polémicos dos Livros, ep. 8

Esta é a continuação da nova rúbrica no Instagram do Reino, chamada Temas Polémicos dos Livros, onde tendo a falar de todos os temas tabu ou controversos ou não... do mundo literário.


Episódio 8 - Ereaders


24 de março de 2020

The Shack/A Cabana (opinião SEM spoilers)


Antes de sequer começar a falar deste livro, escrito pelo autor William P. Young, tenho que vos contar a história por detrás dele.

Ano passado decidi organizar, juntamente com amigos, um evento livrólico, o The Book Swap, que foi basicamente uma troca de livros com imenso significado para nós. Quem ficou de me enviar o livro foi a Brenda do blog Momentos de Ataraxia, que já nos seguíamos há já uns aninhos e com a minha ida para o Instagram, acabamos por nos tornar mais próximas.
Então ela explicou-me que o livro dizia-lhe imenso, relendo quando estava em baixo e ao ponto de ter várias edições do livro.

Quando li a sinopse, tenho que ser extremamente honesta e dizer que não seria um livro que fosse ler espontaneamente. O livro é sobre Mac, que sofre um evento traumático onde perde a filha mais nova, acabando por ter mais tarde uma conversa com Deus.

Só isso me faria a não ler o livro, não porque tenho algum problema em ler sobre religião ou por achar controverso, simplesmente porque normalmente estes livros fogem para a instituição da Igreja em vez da própria teologia.

Dito isto, por incrível que pareça, eu gostei desta leitura. 

Em vez de ser um livro debitando ideologias, é uma história de um homem que passa por algo bastante traumático e horrível (que sendo mãe me custou imenso ler e me fez por vezes abraçar o meu pequeno com um bocadinho mais de força). Tenta então resolver todos os sentimentos que daí vieram e isso envolve uma longa conversa com Deus.

Como é que Mac chega ao ponto de ter esta conversa, eu não vos vou dizer porque não quero contar demasiado mas tenho que dizer que adorei o facto de Deus aparecer primeiramente como uma mulher, LoL. Quanto ao livro em si, gostei imenso da viagem que a personagem fez e os ideais que passou.
Quem nunca questionou o porquê de algo ter acontecido? Quem nunca perder um ente querido e se questionou como estariam? Ou ainda quem nunca esteve a sofrer para resolver certos sentimentos tóxicos dentro de nós?
Este livro é então uma viagem crua e dura mas ao mesmo tempo inspiradora e necessária.

Portanto, eu recomendo este livro a quem quiser ler uma história sobre superação com alguma teologia católica pelo meio mas sem se direccionar para a organização da Igreja e a doutrina dos homens. Mais não seja ler pela controvérsia por detrás deste livro ou até mesmo para fazermos a pergunta a nós próprios de: o que é que eu acredito?

Mais uma vez, muito obrigada Brenda pela partilha deste livro! E percebo como este livro pode significar tanto para ti.

Vocês já leram este livro ou leram nesta temática?


Review em vídeo: IGTV - A Cabana

Audiobook: cheguei a ouvir um bocadinho deste livro em audiobook, foi extremamente fácil de seguir e agradável até.


22 de março de 2020

Como escolher o próximo livro?


Ora bem, para quem me segue há mais tempo, sabe que eu não faço TBR's mensais ou coisas do género, por isso mesmo é que fica mesmo muito difícil participar em maratonas ou desafios. 
Portanto, perguntam vocês, como é que eu programo as minhas leituras e/ou escolho a minha próxima leitura?

Ora bem, apesar das minhas escolhas serem um bocado ao sabor do vento, por eu gosto assim, tenho na mesma um pequeno sistema.
Quando criei o desafio de não comprar mais livros enquanto não lêsse o que tinha nas estantes, portanto tratei de escrever numa lista. Depois a essa mesma lista acrescentei ebooks que queria mesmo ler e ainda algumas sugestões vossas de audiobooks. Ou seja, resultou em duas páginas, LoL.

Quando vou escolher a minha próxima leitura tento intercalar géneros. Isto é, um dos meus géneros favoritos é fantasia, por isso, intercalo com outros géneros. Por exemplo, ora um livro de fantasia, seguido por um romance/thriller/não-ficção/etc, depois volto a fantasia e assim sucessivamente. Para não enjoar, é o que eu costumo dizer, LoL.

Ou seja, dentro da lista tento intercalar géneros, assim não enjoo e vou na mesma ao sabor do que me apetece na altura.

Como é que vocês escolhem as vossas leituras?

18 de março de 2020

Temas Polémicos dos Livros, ep. 7

Esta é a continuação da nova rúbrica no Instagram do Reino, chamada Temas Polémicos dos Livros, onde tendo a falar de todos os temas tabu ou controversos ou não... do mundo literário.


Episódio 7 - Outros formatos de livros


16 de março de 2020

lluminae Files series (opinião SEM spoilers)


Neste momento a The Phoenix Flight está a dizer "finalmente ela leu esta saga!"... sim, ela estava há imenso tempo a dizer-me para ler estes livros dos autores Amie Kaufman e Jay Kristoff. Portanto, no final do ano passado reparei que a saga estava completa e por isso acabei 2019 e comecei 2020 com esta saga!

Em primeiro lugar, tenho que dizer que comecei a ler o primeiro livro em formato ebook mas rapidamente tratei de comprar os livros físicos pois em formato digital estava a perder imenso do seu conceito. Aliás foi a primeira vez que estive durante dias a debater se comprava em paperback ou em hardcover, LoL. Acabando o Maridão por decidir por mim.

Meus queridos súbditos, tenho que vos dizer que eu em toda a minha modesta vida de leitora compulsiva nunca vi livros assim. O poder visual é simplesmente super original. O enredo é-nos transmitido por transcrições, salas de chat, desenhos, diários, emails e muito mais!
Mas vocês pensam, ok, ninguém vai contestar a originalidade do design dos livros mas e o enredo, a história em si, vale a pena?

Vale...imenso...a...pena!

A escrita é extremamente acessível, com um sentido de humor brutal mas com imensas referências que achei super inteligentes: Shakespeare, Orwell, SunTzu e até citações em latim (que eu pessoalmente adoro). Os livros passam-se no futuro, noutros planetas e sistemas solares, dando assim toda uma temática de ficção científica mas com uma pitada de romance e mistério.

O primeiro livro revolve à volta de terrorismo empresarial, biologia, virologia e informática. Apresentado-nos uma das melhores personagens de sempre que é um AI (inteligência artificial). O restante das personagens é simplesmente fantástico e tenho-vos a informar que não há personagens coitadinhas aqui (coisa que vocês já sabem que sou alérgica).

O segundo livro revolve à volta de astrofísica, engenharia e estratégia militar. Primeiramente pensei que uma das personagens ia ser a típica "ai que sou tão desastrada" mas depois na verdade é uma arma letal. Nada disso, a personagem não só é bad ass como sabe que é bad ass!
Adorei neste livro o toquezinho da máfia russa, que convenhamos é hilariante o facto de que no futuro e a anos luz, vai continuar a haver crime organizado e a simbologia das suas tatuagens. Adorei também terem incluído uma personagem numa cadeira de rodas mas que é muito mais do que as suas limitações físicas!
É também neste livro que acontece a epítome da ficção científica, quando até sentimos que estamos a ler dois livros ao mesmo tempo. Acabando por ser na verdade o meu livro favorito da saga.

O terceiro revolve à volta da resiliência humana e é quando estamos mais na beirinha da cadeira, sempre ansiosos para saber o que vai acontecer a seguir.
Ao longo destes livros há uma imensa evolução das personagens, incluindo personagens jovens que ficam em situações que mesmo adultos teriam imensa dificuldade.
Só achei que no final podiam algumas coisas estar explicadas um bocadinho melhor e pensei também que este livro seria o livro que menos iria gostar mas a verdade é que eu estava era a demorar a lê-lo pois não me queria separar desta história!

Toca em assuntos difíceis e no final destes livros é preciso digerir isso.

Aconselho estes livros, na verdade, a toda a gente mais não seja para lerem algo completamente do que já leram em termos visuais. E aconselho também para quem gostava de começar a ler ficção científica ou um livro com nuances desse género.
Ah! Mas preparem-se para uma boa ressaca literária, LoL.

Vocês já leram esta saga? Ficaram intrigados? Espero que sim!


Review em vídeo: IGTV - Illuminae Files

Audiobook: tendo em conta o factor visual destes livros, só aconselho o audiobook se for como complemento com a leitura dos livros (pois tem também efeitos sonoros, etc), doutra forma perde-se uma grande parte da história e essência destes livros.


14 de março de 2020

Hércules: Mito vs. Disney


Eu acho que o meu amor pela mitologia grega começou logo com o filme do Hércules da Disney. O filme está super fofo, adoro as músicas e a riqueza do Pegasus! Contudo, o filme não é completamente fiel ao mito e com a ajuda da Milky Way of Books, decidi mostrar-vos a diferenças. 

Hércules (nome grego: Herakles) era filho de Zeus e Alcmene. Não a Hera, como é demonstrado no filme. Ora bem, basicamente Zeus viu Alcmene e sentiu todo um desejo incontrolável (como em muitas outras vezes, já que Zeus era assim um cafajeste). Transformando-se no marido da Alcmene, envolveu-se com ela, fazendo todo um amor que resultou no bebé Hércules.

Amphitryon, o verdadeiro marido de Alcmene, apercebeu-se que o bebé não era dele mas mesmo assim, amou Hércules como se fosse seu, considerando-o uma dádiva para ele pois não conseguia efectivamente ter filhos. Porém, quando Hera descobriu, foi assim um fim do mundo em cuecas!
Ela mandou duas cobras para matar o bebé Hércules, que simplesmente agarrou nelas, sufocando-as, enquanto estava muito sossegadinho no seu berço e efectivamente o filme mostra esta parte do mito.

Enquanto crescia Hércules tinha imenso poder mas era assim um rapaz bastante sensível. Agora imaginem um adolescente hormonal com a força de dez homens, era um cabo dos trabalhos, LoL.
Depois, em algumas versões do mito, teve Chiron, o centauro, como mentor e quando cresceu casou-se e teve filhos com a Megara, a filha do rei Creon (aqui a Disney não estava muito longe da verdade). Mas a Hera nunca se esqueceu dele, fazendo com que ele enlouquece-se e matasse a sua família (ok, esta parte não é muito boa para a Disney, eu admito). Para redimir os seus pecados ele pergunta ao oráculo de Delphi, que foi quando lhe foi dito que tinha que fazer os 12 trabalhos, que obviamente tinha que ter um dedo da Hera.

Alguns dos monstros aparecem no filme mas ele efectivamente não matou a Medusa e não tinha um Pegasus como amigo. Além de que nunca esteve em problemas com Hades... a não ser quando teve que trazer Cerberus para a superfície mas é o cãozinho fofinho do Hades, por isso acho que podemos dar-lhe um desconto.

Contudo, Hera fez de tudo um pouco para que Hércules falhasse na sua demanda (mulher traída é realmente um cabo dos trabalhos). Não conseguindo ter sucesso, deixando então Hércules victorioso, até porque até tinha outros deuses que gostavam dele, como Apolo e Atena.
Depois de muitas mais aventuras, Hércules faleceu e quando o seu corpo ardia na pira funerária, o costume da Grécia Antiga, a sua alma divina foi levada por Zeus que o tornou num Deus levando-o para Olimpo. Onde casou por uma última vez com Hebe, a deusa da juventude... Que ironia das ironias era filha de Hera.

E estas são as diferenças entre o filme e o mito de Hércules, que na altura que foi lançado, a Disney pediu para que a estreia mundial fosse na Grécia mas o governo grego não permitiu pois sabia que o filme não era fiel ao mito! Que loucos... dizer que não à Disney, LoL. 
Mas apesar disso, mesmo assim, adoro a representação que a Disney fez. 

O que é que vocês acham? Já conheciam o mito? Gostam do filme?

12 de março de 2020

Destralhar 2020, ep. 1

Este é o primeiro episódio do #destralhar2020 que estou a fazer com a ajuda da @sohappywithless . Decidi fazer em estilo vlog para vos mostrar o meu progresso!




Nota: I do not own the music. The song on the video is royalty free.

10 de março de 2020

Temas Polémicos dos Livros, ep. 6

Esta é a continuação da nova rúbrica no Instagram do Reino, chamada Temas Polémicos dos Livros, onde tendo a falar de todos os temas tabu ou controversos ou não... do mundo literário.


Episódio 6 - Livros obrigatórios na escola


8 de março de 2020

To Read List 2020

Eu não costumo fazer uma TBR mas tendo em conta a quantidade enormíssima de livros para ler e o meu desafio de não comprar livros este ano, decidi partilhar a minha TBR para este ano... Optimista? Realista? Vocês decidem, LoL.


6 de março de 2020

Temas Polémicos dos Livros, ep. 5

Esta é a continuação da nova rúbrica no Instagram do Reino, chamada Temas Polémicos dos Livros, onde tendo a falar de todos os temas tabu ou controversos ou não... do mundo literário.


Episódio 5 - Reler livros

4 de março de 2020

Ser Super Mãe É Uma Treta (opinião SEM spoilers)


Em primeiro lugar, eu já não me lembrava da última vez que comprei um livro em português! Em segundo lugar, gostaria de dizer que eu li este livro em condições extremas: no sofá enquanto o Príncipe brincava ou via os seus desenhos-animados.
Em terceiro lugar, tenho que antes de começar a minha review do livro da Susana Almeida, quero informar que este livro contém uma linguagem bastante colorida... Aliás, não sei como a editora Influência não colocou uma bolinha vermelha no canto superior, LoL.

Dito isto também quero de dizer que se quiserem virar este livro para audiobook, gostaria que se lembrassem de mim! Adoraria narrar este livro e eu até peço à minha mãe autorização para dizer asneiras! Pensem com carinho sobre isto, eheheh.

Ora bem, quanto ao livro em si, é basicamente a evolução da Susana como mãe. Ou seja, desde que incluiu o enteado na sua vida, quando engravidou, até ao presente... falando dos vários estágios da maternidade e, claro, as teorias da carochinha incluindo o sítio onde o sol não brilha para onde ela as manda.
Fala então da gravidez (que nem sempre é o equivalente a andar por nenúfares qual ninfa do lago); da amamentação (que só isto dava um livro, muito honestamente); das diferentes personalidades dos filhos; da privação do sono e consequentemente do vinho e gin... E muito mas mesmo muito "no nonsense", sem papas na língua e uma visão realista das coisas. 
Ela diz em várias vezes que não está a impingir teoria nenhuma mas tenta sim, tirar um pouco do peso da culpa dos ombros das mães. A mesma culpa que parece que nasce ao mesmo tempo que os nossos filhos.

Tendo em conta que li enquanto tinha uma criança de 2 anos a brincar no background, posso afirmar sem sombra de dúvida que a escrita da Susana é super fluída, divertida e com uma dose de realismo perfeita para os dias de hoje, quando há cada vez mais pessoal nas redes sociais a deitar areia para os olhos do povo ou a tentar vender-nos a banha da cobra.
Eu já seguia o blog Ser Super Mãe É Uma Treta já há bastante tempo e o que encontrei neste livro foi precisamente a mesma Susana que me conquistou com os seus posts. Aliás, eu cheguei a ler à minha mãe o post da Susana a tentar cortar as unhas ao filho... Pronto, ok, cortei um pouco nas asneiras mas isso é porque e passo a citar a minha rica mãe: "estás ainda em boa idade para levar umas palmadas!" #sóseperdemasqueficamnoar

Este livro teve também uma leitura especial pelo facto que ao ler uma ou outra passagem, ia falar com a Susana ao instagram. Que se não lhe forem tentar vender coisas ou chatear a mioleira, ela é uma pessoa cinco estrelas!

Portanto, no livro fala também nas teorias da treta e da fé nas fadinhas. Mostrando a maternidade real, sem filtro, que parece ser um verdadeiro tabu e qualquer mãe vista a dizer algo do género ou é excomungada da Irmandade das Mães Perfeitas ou então é logo rotulada de má mãe. E eu acho que isto não é só produto da sociedade mas também biológico.
Pensem comigo... Sim, o papel da mulher ainda é o de "mula de carga", apesar de estar lentamente a mudar, mas a verdade é que se a maternidade tivesse regada de realismo e não coberta por um véu de piriquitices, se calhar a taxa de natalidade descia a pique, LoL. Contudo, não é a minha intenção (quando escrevo no blog) e da autora do livro tirar o véu tecido pelas fadas das mães perfeitas e mostrar-vos a realidade, ou seja, mães reais... numa de combater desilusões, ilusões, culpas, depressões, solidão, etc.

Um exemplo é o capítulo "A licença de maternidade não são férias", onde eu estava a ler cada parágrafo e a dizer amén. Eu! Euzinha pensei, quando estava grávida, que quando estivesse de licença que ia ter imenso tempo! Andei a juntar livro atrás de livro e série atrás de série porque assim, ao menos tinha que fazer.

Eu...era...uma...idiota!

Além de obviamente de não se estar de férias durante uma licença, a Susana menciona de forma brilhante como a maternidade muitas das vezes parece uma ilha deserta e solitária. E como muitas mães chegam a sentir falta de ir para o trabalho pois sentem falta de existir sem os filhos e/ou conversar com adultos. Mas claro, isto não se diz, porque senão a Irmandade das Mães Perfeitas faz-nos uma espera ou então as mães entram numa espiral perigosa à conta da culpa, tendo em loop na cabeça que são más mães... Não! São apenas mães, ponto final.
Sim, porque como a Susana diz e muito bem "As mães têm de aturar muitas merdas", além da culpa que nasce com os nossos filhos, temos que aturar as opiniões (vulgo bitaites) altamente especializados dos outros.
Que as melhores são as dos pais perfeitos. Vocês sabem, aqueles pais perfeitos... que não têm filhos, LoL. Ou então as mães dos grupos do Facebook, que para mim são uma infestação de cyberbullying (se vocês não sabem do que falo, vão até ao blog da A Mãe Imperfeita).

Há uma citação que eu acho que devia ser emoldurada: 

"Dizer a uma mãe que se queixa de estar cansada que faz parte, é colocar em cima dela o peso da culpa por não aguentar ser mãe."

Muitas vezes uma mulher tem o dobro do trabalho. Isto é, imaginem duas mulheres numa pista de corrida. Uma delas fresquinha que nem alface a caminhar pela pista descansadinha da vida, até à meta. A outra com uma carroça às costas. Ela chega ao destino sim, mas depois de muito esforço e muito suor.
Este exemplo é de uma mulher sozinha e uma mulher com família. Não só temos o trabalho normal de manter uma casa, como temos o trabalho adicional. Isto é, se não queremos esse trabalho por inteiro temos que perder tempo a fazer reprogramação comportamental doméstica, que é como quem diz re-educar os maridos.
Agora já há muito de "partilhar tarefas", ou seja, eles fazem a parte deles. E eu sei que algumas pessoas vão pensar que estou a ser sexista mas é apenas a nossa realidade cultural. Os homens raramente são educados a cuidar de uma casa ou a dar valor ao esforço para manter um lar. Por isso, a mulher tem que ser mãe logo aí e educar o que as mães deles não fizeram.

Mas vocês podem ler isto e muito mais no livro...

Eu gostei mesmo muito da leitura fluída. Como que com sentido de humor a Susana nos transmite que mesmo passados anos e anos, somos mães em construção mas que mesmo não sabendo tudo mal sejamos mães, que nós conhecemos os nossos filhos melhor que ninguém e que o nosso instinto é a nossa melhor bússola.
Não contente, com estas coisas todas, a Susana acaba o livro com o melhor grito de guerra de todo o sempre: 

"Somos todas umas mães do caralho!"

Dito isto, acho que a única crítica que tenho a fazer é o facto do livro ser cor de rosa... Susana, eu tenho uma reputação de metaleira a manter, por isso numa próxima edição podes tratar do assunto? LoL.

Resumindo, aconselho este livro a todas as mulheres. Repito: todas as mulheres!

Quando colocava nas stories que estava a ler o livro, várias meninas me disseram: ah se fosse mãe ia ler esse livro.
Mesmo que não tenham filhos ou estejam sequer grávidas eu aconselho este livro a todas as mulheres pois quantas mais de nós tivermos noção da realidade e que não estamos sozinhas neste barco chamado "Maternidade", melhor!

Já conheciam este livro?


Audiobook: não tem ainda disponível mas quem sabe não me convidam mesmo, LoL.


2 de março de 2020

World Book Day


Vocês podem não saber mas em Março, aqui no UK, celebra-se em grande o Dia Mundial do Livro! (sim, o dia oficial é dia 23 de Abril mas os camónes decidiram mudar o dia para Março) Onde aqui até engloba as crianças em idade escolar se mascararem duma personagem de um livro que gostem, fazem montes de actividades na escola, as livrarias entram também em celebração, etc. E já que eu vivo no UK mesmo, decidi este mês fazer uma mega celebração com vocês também!


Essa celebração engloba 4 giveaways no Instagram do Reino! Uma em cada semana, onde vou revelar os livros a serem sorteados e para ganharem basta seguirem as regras dos posts.

Curiosos? Então estejam atentos e boa sorte!